Medalhista de ouro no florete por equipes nos Jogos Pan-Americanos de Lima, o esgrimista norte-americano Race Imboden se ajoelhou no pódio durante o hino nacional dos Estados Unidos, nesse domingo, no último dia da competição. A atitude do atleta foi em protesto contra o atual governo do país, repetindo o gesto iniciado pelo ex-quarterback do San Francisco 49ers, Colin Kaepernick, em jogos da NFL.
Race Imboden foi o único dos três integrantes da equipe dos Estados Unidos a se ajoelhar na execução do huno nacional. Em postagem no Instagram, o esgrimista explicou o protesto e criticou o presidente dos EUA, Donald Trump.
”Nessa semana eu tive a honra de representar o time dos Estados Unidos nos Jogos Pan-Americanos, levando para casa ouro e bronze. Meu orgulho, no entanto, foi cortado pelas múltiplas deficiências do país que eu tenho tão querido em meu coração. O racismo, a falta de controle de armas, maus-tratos aos imigrantes e um presidente que espalha o ódio estão no topo de uma longa lista. Eu escolhi sacrificar meu momento no topo do pódio para chamar a atenção para questões que eu acredito que precisam ser abordadas e mudadas. Encorajo outros a usar suas plataformas para capacitação e mudança”, publicou.
Outros protestos no Pan
Outros protestos no Pan
Imboden não foi o único que protestou contra o governo dos Estados Unidos no Pan de Lima. Medalhista de ouro no lançamento de martelo, Gwen Berry levantou o punho no fim do hino nacional. Já o futebolista Alejandro Bedoya se manifestou contra a política de armas do país. O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOPC) avalia punição aos atletas por descumprirem o acordo de restrição de demonstração de natureza política.
“A direção está avaliando as consequências disso. Todo atleta competindo nos Jogos Pan-Americanos de 2019 assinou um termo de elegibilidade que inclui a restrição de demonstrações de natureza política. Nesse caso, Race não respeitou o compromisso que ele fez com o comitê organizador e o USOPC. Respeitamos o direito dele expressar seu ponto de vista, mas lamentamos que tenha escolhido romper com seu compromisso”, declarou a entidade.
“A direção está avaliando as consequências disso. Todo atleta competindo nos Jogos Pan-Americanos de 2019 assinou um termo de elegibilidade que inclui a restrição de demonstrações de natureza política. Nesse caso, Race não respeitou o compromisso que ele fez com o comitê organizador e o USOPC. Respeitamos o direito dele expressar seu ponto de vista, mas lamentamos que tenha escolhido romper com seu compromisso”, declarou a entidade.
Vários esportistas estadunidenses já repetiram o ato de Clon Kaepernick. Campeã e melhor jogadora da Copa do Mundo de futebol feminino deste ano, Megan Rapinoe também se ajoelhava durante o hino dos Estados Unidos. A meio-campista entrou em atrito com Donald Trump não iria à Casa Branca para receber congratulações em caso de conquista do título mundial.