Cruzeiro chegou ao nono título consecutivo do Campeonato Mineiro, todos conquistados sobre o Minas
Em decisão emocionante contra o velho rival Minas, o Cruzeiro manteve sua hegemonia no Campeonato Mineiro Masculino de Vôlei e conquistou, neste sábado, o nono título consecutivo da competição. Na finalíssima, disputada no Ginásio do Riacho, em Contagem, o time celeste derrotou os minas-tenistas por 3 sets a 2. As parciais foram de 33/31, 20/25 e 25/19 e 23/25 e 15/12.
Cruzeiro é eneacampeão mineiro de vôlei: fotos da premiação
Com o raro eneacampeonato, o Cruzeiro confirma sua soberania recente no voleibol mineiro. Desde 2010, o time celeste conquistou todas as edições, sempre sobre o Minas.
Por consequência, o Minas aumentou seu jejum estadual para 11 anos. A última conquista do clube no Mineiro foi em 2007. Betim (antes de se tornar Cruzeiro), em 2008, e Montes Claros, em 2009, foram os últimos vencedores antes da série de nove troféus cruzeirenses.
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Campanha
Antes de bater o Juiz de Fora na semifinal e confirmar o título sobre o Minas, na decisão, o Cruzeiro havia terminado a fase de classificação como líder, com 16 pontos. Foram cinco vitórias e apenas um revés na etapa inicial do Mineiro, justamente para o rival Minas, por 3 sets a 2.
Medalha de bronze
Na decisão do terceiro lugar, o Lavras Vôlei derrotou o Juiz de Fora Vôlei por 3 sets a 0 (22/25, 22/25 e 20/25) e ficou com a medalha de bronze. Graças a uma parceria com o Cruzeiro, o time de Lavras disputará este ano a Superliga C. Por sua vez, o JF Vôlei jogará a Superliga B depois de terminar a última edição do torneio de elite na penúltima posição.
Próximos desafios
Agora, o Cruzeiro volta as atenções para a Supercopa, que reúne os campeões da última Superliga e da Copa Brasil. No dia 20 de outubro, o clube celeste receberá o Sesi, às 20h30, no Ginásio do Riacho. A estreia na Superliga será no dia 26 de outubro, às 20h, contra o Vôlei Um, em Itapetininga, no interior de São Paulo. No dia 27, às 18h, o Minas visita o Corinthians, em Guarulhos, também em solo paulista.
Com o raro eneacampeonato, o Cruzeiro confirma sua soberania recente no voleibol mineiro
Primeiro Set
O técnico Marcelo Méndez optou por deixar o oposto Evandro no banco de reservas, apostando em Luan Weber para o setor. O ponteiro Filipe e o central francês Le Roux, reservas na semifinal, também começaram jogando. O recém-contratado ponteiro norte-americano Taylor Sander, de 26 anos, ainda está em fase de exames clínicos e laboratoriais e não foi relacionado para a decisão deste sábado.
A partida começou com o ponteiro Piá fazendo estrago em sua passagem pelo saque do Minas. Com um ace e vários passes quebrados pelo lado adversário, o Minas abriu 4 a 0 na parcial, fazendo com que o técnico Marcelo Mendez parasse a partida. A maior bronca do argentino era com o levantador Cachopa. O treinador também optou por trocar Luan por Evandro. Os minas-tenistas se beneficiaram diversas vezes do desafio de vídeo, sobretudo no saque. Com 16/8 no placar, a equipe da Rua da Bahia ficou confortável na partida.
O conforto acabou quando o Cruzeiro encaixou o bloqueio e alinhou a defesa. Além disso, a passagem de Leozinho pelo saque foi bastante benéfica. Com dois aces seguidos do ponteiro, a Raposa ficou na cola do Minas no placar, com 22/23. Os minas-tenistas passaram a pecar na ansiedade, com três infrações consecutivas. A arbitragem passou a ser pressionada pelos dois times na reta final, mesmo com o auxílio dos desafios. Méndez, então, acionou Luan Weber novamente e deu resultado: o oposto fechou a parcial em impressionantes 33/31: 1 a 0 Cruzeiro.
Segundo Set
Apagado no primeiro set, Le Roux aos poucos foi entrando na partida. O francês ajudou o bloqueio triplo do Cruzeiro a fechar as portas do Minas no começo da segunda parcial (4/3). O clima esquentou quando Rodriguinho atacou, e a bola resvalou em um dos dedos de Pingo. O time celeste pediu desafio, que não indicou o toque, apesar de a imagem apontar o contrário. O técnico Marcelo Mendez, por reclamação, recebeu o cartão vermelho, fazendo com que o Minas abrisse dois pontos de vantagem (10/12).
O bloqueio de Flávio para cima de Filipe foi o estopim de Marcelo Méndez para colocar Sandro no lugar de Cachopa, que não conseguiu render o esperado no Cruzeiro. Naquela altura, a Raposa perdia por 14/17. O técnico argentino também promoveu a entrada de Evandro, na vaga de Luan, para tentar virar a parcial, mas a ‘parede’ minas-tenista era sinônimo de sucesso no Riacho. Restou a Bob explorar o bloqueio cruzeirense e fechar a parcial em 25/20 Minas: 1 a 1.
Terceiro Set
Cruzeiro e Minas iniciaram o terceiro set concentrados. Poucos erros. Mas o bloqueio encaixou e ajudou a Raposa abrir dois pontos de vantagem no placar (8/6). Mesmo no prejuízo no placar da parcial, os minas-tenistas fizeram um duelo equilibrado, mas na parte final acabou cometendo vários erros, sobretudo de saque, e o clube celeste abriu seis pontos (22/16), encaminhando a vitória no set. O erro de Davy garantiu a vitória azul e branca por 25/19: 2 a 1 Cruzeiro.
Quarto Set
O início da quarta parcial foi marcada pelo equilíbrio entre os bloqueios, que se mostravam afiados. Isso era refletido no placar (10/10). O Minas se mostrava consistente em quadra e abriu três pontos de vantagem sobre o Cruzeiro (16/19). Le Roux até apareceu para fazer a diferença em favor do clube celeste, mas Davy, na quadra adversária, deu fim ao ímpeto cruzeirense e fechou a parcial em 25/23 Minas, empatando o jogo em 2 a 2.
Tie-break
O bloqueio do Minas se mostrou implacável no começo do set, fazendo o time abrir dois pontos de vantagem no placar. Isac, então, fez a diferença para o Cruzeiro nas bolas de meio. Um erro de ataque adversário iniciou a virada do clube celeste (5/4). A torcida, então, passou a cantar mais alto nas arquibancadas do Riacho. Era o combustível que Le Roux precisava para mostrar seu poder decisivo em sua passagem pelo saque.
Por outro lado, o Minas vendia caro a derrota. O time de Nery Tambeiro fez uma partida regular, mas os pequenos erros no último set pesaram contra. Pesou também a mão de Luan, na pancada contra o bloqueio minas-tenista. O ponto garantiu o eneacampeonato ao Cruzeiro: 3 a 2.
Cruzeiro
Cachopa, Luan, Le Roux, Isac, Rodriguinho, Filipe, e o líbero Serginho
Entraram Sandro, Evandro e Leozinho
Técnico: Marcelo Méndez
Minas
Marlon, Davy, Bob, Piá, Flávio, Pingo, e o líbero Maique (Rogerinho)