Vôlei

SUPERLIGA FEMININA

Finalistas, Minas e Praia contam com treinadores de prestígio no cenário nacional e internacional

Final tem duelo à parte de treinadores valorizados

postado em 20/04/2019 08:00 / atualizado em 19/04/2019 20:20

<i>(Foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)</i>
A decisão da Superliga Feminina de Vôlei, entre Minas e Praia – que terá o primeiro jogo da melhor de três neste domingo, às 11h, no Mineirinho –, coloca frente a frente treinadores consagrados. Na equipe da capital mineira, o italiano Stefano Lavarini, que chegou ao clube há dois anos e o levou ao bicampeonato sul-americano, ao título da Copa do Brasil e ao vice-campeonato mundial, no ano passado. No time do Triângulo, Paulo Coco, que é auxiliar-técnico de José Roberto Guimarães na Seleção Brasileira e participou do bicampeonato olímpico, em Pequim'2008 e Londres'2012.

Lavarini é hoje um técnico cobiçado. Comandará a Coreia do Sul no Pré-Olímpico que começa em agosto e, depois, segundo informações ainda extraoficiais, vai dirigir o italiano Busto Arsizio. Embora não confirme sua saída, ele já fala em tom de despedida: “Ganhar a Superliga seria fechar com chave de ouro a minha passagem por Minas Gerais e pelo Minas”.

O treinador do MTC diz não se apegar ao passado. “Falam muito sobre o Minas não conquistar este título há 17 anos. Mas eu não sei o que é isso. Não estava aqui. O brasileiro é que é assim, muito sentimental, apegado às coisas do passado. Por isso, não sinto qualquer pressão para a final. Mas acho bom este sentimento da torcida, das jogadoras. É positivo.”

O Mineirinho é um lugar especial para ele, tanto, que o italiano chama o local do primeiro confronto da série melhor de três final de “templo”. “Este ginásio foi o primeiro lugar que conheci quando cheguei. Os diretores do Minas me trouxeram aqui para assistir ao amistoso entre as seleções femininas de Brasil e Polônia. É um espaço fantástico. É lindo, gostoso jogar aqui. É um lugar de grandes eventos”, afirma.

MOMENTO DIFERENTE

Apesar de as equipes já terem se enfrentado várias vezes (o Minas venceu as decisões do Mineiro e do Sul-Americano em cima do Praia), Lavarini diz que os encontros pela final da Superliga serão diferentes: “Tanto nós evoluímos quanto eles. Ganhamos o Sul-Americano contra o Praia, mas o time cresceu de lá para cá. Encontrou equilíbrio. Vive ótimo momento. Serão jogos que exigirão muito da gente, em especial concentração e aplicação”.

<i>(Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)</i>


Paulo Coco tem o mesmo pensamento: “São condições diferentes. É uma final. Vale o título. Muda até mesmo o ambiente. Em vez de ginásios menores, a decisão é em ginásios grandes, Mineirinho e Sabiazinho. Isso faz com que as equipes saiam do ambiente em que estão acostumadas”.

Mas o mais importante, segundo Coco, é que sua equipe está em evolução, na visão dele, melhor do que nas outras decisões. “Estamos mais entrosados. Além disso, temos uma equipe formada por jogadoras experientes, que estão acostumadas a decidir”, comenta.

O comandante do Praia busca seu segundo título de Superliga na carreira. O primeiro foi no ano passado, também com a equipe de Uberlândia. “Quase não dirigi equipes na Superliga por conta de minha função de auxiliar do Zé Roberto na Seleção. Somente há poucos anos passei a ter essa oportunidade”, explica. Curiosamente, antes de comandar o time do Triângulo Coco dirigiu, justamente, o Minas.

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