CAMPEONATO MINEIRO

Ataques de Atlético e América ainda em fase de teste para jogo de ida da semifinal

Com médias de gol parecidas, treinadores ainda tentam melhor formação

postado em 20/03/2018 13:57 / atualizado em 20/03/2018 14:11

Bruno Cantini/Atlético
Os duelos das semifinais do Campeonato Mineiro entre Atlético e América vão opor duas equipes que ainda buscam o melhor ajuste possível de seus setores ofensivos. Por causa das diversas mudanças em relação ao ano passado, tanto o Galo quanto o Coelho tiveram em 2018 uma média de gols abaixo do esperado. Se o alvinegro balançou as redes 22 vezes em 16 jogos (1,37 de média), o alviverde marcou apenas 15 nas 12 vezes (média de 1,25) que entrou em campo na temporada.

Ainda em fase de adaptações, as equipes ainda não consolidaram seus titulares do setor ofensivo. Com um ataque totalmente modificado, o Galo teve oito formações diferentes desde que estreou na temporada sob o comando de Oswaldo de Oliveira. O técnico interino Thiago Larghi, que já comando a equipe em 10 jogos consecutivos, também procura o melhor quarteto que possa render mais. O único atleta que vem sendo mantido é o atacante Ricardo Oliveira. Já Enderson Moreira, que também ganhou reforços em 2018, também vem dando continuidade a Rafael Moura, camisa 9 da equipe. Os demais foram trocados com frequência – foram 10 formações distintas dos homens de frente.

Thiago Larghi sabe que ainda falta muito para que o Galo possa ter uma equipe considerada titular: “Sinceramente, ainda não tenho o time ideal. Estamos num processo. Tenho que repetir isso. A sequência de jogos é num intervalo curto. Tenho que insistir em algumas formações e testar outras. Não é mudar tudo nem repetir tudo. Isso seria incoerente”.

A exemplo do colega, Enderson Moreira entende que a equipe vive uma fase de experiências e que o desempenho só terá evolução no decorrer do campeonato: “Mesmo com tantas entradas e saídas, o América está mostrando um padrão. Faltam alguns ajustes, a equipe não está no nível que a gente sabe que pode render. Mas é uma coisa natural que vai acontecer com a sequência”.
Mourão Panda/América

Os ataques em si estão devendo, mas os camisas 9 dos times tiveram performances distintas. Do lado do Galo, Ricardo Oliveira já é o artilheiro da equipe, com seis gols em 13 jogos, desempenho considerado satisfatório pela comissão técnica. Rafael Moura, porém, fez apenas dois em nove pelo Coelho. Os experientes jogadores se tornaram os principais reforços de suas equipes para o Mineiro e o restante da temporada.

CARACTERÍSTICAS


Presente em 11 dos 16 jogos do time alvinegro no ano, o atacante Erik é a prova da constante mudança no ataque do Galo. Ele começou o ano como titular, perdeu espaço e voltou à equipe diante da URT. Ele considera que o treinador tem um grupo diversificado, com múltiplas características. “Temos essas variações de posição, trocas que vão muito pela qualidade dos jogadores. Mas a partir de agora será força máxima e o Thiago vai escolher quem estiver bem. Ele ainda não tem a frente ideal, porque a equipe tem qualidade e jogadores com potencial para ajudar de várias formas”.

Para melhorar os números ofensivos, o América continua buscando reforços. O atacante Judivan, que pode atuar pelos lados e centralizado, começou a treinar com o grupo ontem, mas não foi anunciado oficialmente como novo jogador – faltam alguns detalhes na assinatura do contrato. O jogador não poderá atuar na sequência do Mineiro e será preparado para a estreia na Série A do Brasileiro.

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