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MUNDIAL DE CLUBES

Mundial de Clubes começa nesta quarta com Brasil de volta à competição

Torneio volta aos Emirados Árabes depois de duas temporadas no Japão

postado em 05/12/2017 15:05 / atualizado em 05/12/2017 15:11

AFP/Giuseppe Cacace
O Mundial de Clubes da Fifa começa nesta quarta-feira e o Brasil volta a participar do torneio depois de três anos ausente. A última participação dos brasileiros foi em 2013 pelos pés do Atlético, que sequer conseguiu ser finalista. Agora, o Grêmio, campeão da Copa Libertadores, terá a missão de apagar a má imagem deixada pelo Galo. O título, porém, é uma tarefa ingrata, haja vista que o favorito é o todo poderoso Real Madrid, ganhador da Champions League.

O torneio volta aos Emirados Árabes Unidos depois de duas temporadas no Japão. A expectativa é grande por parte da Fifa, mesmo com este modelo estando com os dias contados. Isso porque a entidade máxima do futebol planeja um torneio de quatro em quatro anos, com mais participantes e iniciando em 2021.

"O que estamos pensando é que o Mundial de Clubes possa ser um sucesso este ano, pois o povo dos Emirados Árabes Unidos está muito empolgado", disse o italiano Giovanni Infantino, presidente da Fifa.

Além de Grêmio e Real Madrid, disputam o torneio o Al Jazira, representante dos Emirados Árabes Unidos, país-sede, o Auckland City, da Nova Zelândia, campeão da Oceania, o mexicano Pachuca, campeão da Concacaf, o Urawa Red Diamonds, japonês campeão da Ásia, e o Wydad Casablanca, do Marrocos, campeão africano.

História: o mundo entrou em 2000

Entre 1960 e 1999 o Mundial de Clubes era disputado apenas entre representantes da Europa e da América do Sul. Até 1979 era um jogo na América do Sul e outro na Europa. A partir de 1980, como ganhou o patrocínio de uma fábrica japonesa de automóvel, o torneio passou a ser disputado em um único jogo no Japão, conhecido como Copa Toyota. Até então a Fifa não dava seu aval e não considerava a taça como oficial.

Diante disso, em 2000, a entidade máxima do futebol mundial decidiu organizar o torneio, dessa vez com a presença de todos os continentes e a sede inicial foi o Brasil. O Corinthians ficou com a taça após bater o Vasco numa final brasileira, mas os europeus, que já não curtiam o modelo anterior, passaram a boicotar a competição, que sofreu para conseguir uma segunda edição em 2005.

E foi em 2005 que a Fifa, colocando muito dinheiro para atrair os europeus e escolhendo o Japão como sede para não criar maiores problemas com o antigo patrocinador e acabar com o modelo anterior, conseguiu se considerar a dona do Mundial de Clubes, que passou a levar seu nome. Em troca a entidade passou a considerar como oficial as conquistas desde 1960 e deu mais ânimo aos participantes.

Brasil teve grandes momentos

O futebol brasileiro conquistou o Mundial de Clubes em dez ocasiões. Nas duas primeiras a taça chegou ao país por intermédio do esquedrão do Santos de Pelé, que em 1962 e 1963 superou Benfica e Milan, respectivamente, na final. Demoraram 18 anos para os brasileiros voltarem a ter um campeão mundial. Pelos pés de Zico e companhia que o Flamengo bateu o Liverpool na decisão daquele ano.

Dois anos mais tarde o Sul do Brasil comemorou mais do que o resto do país a conquista do Grêmio, liderado por Renato Gaúcho. O time gremista superou o Hamburgo, da Alemanha.

"A sensação de ganhar um Mundial de Clubes é enorme, pois mesmo sabendo que ganhamos pela camisa de um time, sabemos que a maior parte do Brasil torceu pela gente. Em oitenta e três acredito que apenas os torcedores do Internacional não vibraram com a conquista do Grêmio. Ainda mais pelo fato de os europeus nos olharem com o nariz em pé nesse tipo de decisão", lembrou Renato Gaúcho, hoje comandando do Grêmio.

O Mestre Telê Santana montou dois esquadrões, em 1992 e 1993, e encantou o futebol brasileiro e mundial. No primeiro ano superou o poderoso Barcelona e na temporada seguinte bateu o Milan.

No atual modelo de disputa, com a presença de todos os continentes, o Brasil é o grande papão de troféus. Em 2000, no Maracanã, o Corinthians superou o Vasco numa decisão brasileira. Em 2005 foi a vez do São Paulo de Rogério Ceni mandar o Liverpool chorando para a Inglaterra. Um ano depois, em 2006, o Internacional superou o poderoso Barcelona com 1 a 0, gol de Adriano Gabiru. Em 2010, o Internacional fracassou ao ser eliminado logo no primeiro jogo, diante do modesto Mazembe, de Congo. Já em 2011, o Santos de Neymar não resistiu ao Barcelona de Messi, sendo goleado impiedosamente por 4 a 0.

A última vez que o Brasil conquistou o título foi em 2012, quando o Coritnhians comandado pelo técnico Tite fez 1 a 0 no Chelsea, da Inglaterra, na decisão. Em 2013, última vez que o Brasil se fez representar, o Atlético teve que se contentar com o terceiro lugar ao ser derrotado de maneira surpreendente, nas semifinais, pelo Raja Casablanca, do Marrocos.

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