Se faltando uma hora para o início do jogo reinava a paz, em 30 minutos tudo se transformou. Pessoas foram se aglomerando em frente aos televisores. Um grupo de amigos chegou cedo e conseguiu lugar estratégico. “Depois da vitória na estreia (5 a 0 sobre a Arábia Saudita), o time ganhou confiança e a torcida também”, afirmou Galzan Erdniev.
Ele bebia refrigerante, enquanto a maioria recorria à cerveja para aliviar o calor e a ansiedade. A tradicional vodca raramente foi pedida às garçonetes, que tiveram de se desdobrar diante de tanto movimento – e algazarra.
Até mesmo uma réplica da taça eles levaram para o bar. O otimismo se mostrou um tanto exagerado no primeiro tempo, pois a Rússia não conseguiu ameaçar o adversário. E ainda precisou de atenção redobrada com Salah. Os gritos de “Rússia, Rússia” foram ouvidos, mas não duravam muito. Além do nome do país, também gritavam coisas estranhas para os brasileiros, como “sorte, sorte” ou “marque um gol, marque um gol”. “Torcemos como em qualquer lugar, a diferença é que talvez aqui não se fale tanto palavrão”, explicou Erdniev.
Mas bastou o gol logo aos 2min da etapa final para a alegria tomar conta. Muitos pularam, se abraçaram. Com o 2 a 0 no placar, não houve mais espaço para tensão. Após o terceiro gol, a comemoração ficou ainda mais intensa: “olê, olê, olê, Rússia campeã, Rússia campeã”.
Bebidas Para driblar o bar lotado e os preços normalmente mais caros desse tipo de estabelecimento, muitos torcedores buscaram alternativas. O supermercado a dois quarteirões de distância viu o estoque de cerveja ‘evaporar’. E a polícia não tem incomodado quem consome bebida alcoólica em locais públicos, o que é proibido. Mesmo assim, para evitar problemas, muitos torcedores usam sacos de papel em volta das garrafas e latas.