Copa do Mundo

HISTÓRIA DAS COPAS

1950 - Brasil

Carrasco do Brasil, uruguaio Gigghia promoveu o histórico Maracanaço

postado em 23/04/2018 21:37 / atualizado em 04/06/2018 14:47

Arquivo EM
A Copa do Mundo voltou a ser disputada em 1950 após paralisação de 12 anos por causa dos efeitos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), que ceifou milhões de vidas e arrasou vários países. Como a Europa não tinha condições de sediar o torneio, coube ao Brasil, candidato único, organizar o maior evento futebolísticos pela primeira vez.

O país acabara de sair da era Vargas (1930-1945), continuando com o presidente Eurico Gaspar Dutra o processo de industrialização e urbanização. Como símbolo de grandeza e crescimento do Brasil, o Maracanã foi construído para abrigar a Copa do Mundo. O estádio, maior do mundo naquela época, foi inaugurado pouco antes do torneio.

Eugenio Silva/O Cruzeiro/EM/D.A Press

Belo Horizonte também foi sede daquele torneio. A capital mineira construiu o estádio Independência, palco de uma das maiores zebras da história. Candidata ao título, a Inglaterra, país onde o futebol nasceu, perdeu para os Estados Unidos (1 a 0), que tinha elenco formado por amadores. Foi o primeiro Mundial do 'English Team', que preferiu não participar das duas primeiras edições, pois via o torneio com certo desdém. No Brasil, o time inglês foi eliminado na primeira fase, com duas derrotas (EUA e Espanha) e uma vitória (Chile).

Jose Inacio/O Cruzeiro/EM/D.A Press

Com sedes no Sul, no Sudeste e no Nordeste (Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Recife), a competição movimentou quase todo o país. A Seleção Brasileira fez uma campanha irrepreensível até o jogo decisivo contra o Uruguai, com quatro vitórias, sendo três por goleada, e um empate. No jogo final, que registrou maior público das Copas do Mundo (199.854), o Brasil perdeu para o Uruguai por 2 a 1. O jogo ficou conhecido como Maracanaço, gerando um grande trauma nos fanáticos de futebol, que ficaram frustrados com o resultado.

Arquivo EM

O uruguaio Gigghia foi um dos craques da Copa, marcando gol em todas as partidas, inclusive o tento do título na decisão. O capitão Obdulio Varela também foi um dos jogadores mais destacados daquela campanha celeste. Com a derrota, o Brasil 'elegeu' seu vilão. O goleiro Barbosa, que para muitos falhou no gol decisivo, acabou fortemente criticado. Ele morreu, em 2000, 'esquecido' do futebol.

Arquivo EM
POSIÇÕES

Campeão: Uruguai
Vice: Brasil
3º lugar: Suécia
4º lugar: Espanha

Artilheiro da edição: Ademir de Menezes (Brasil), com 9 gols

TRAJETÓRIA DO CAMPEÃO

Primeira fase
Uruguai 8 x 0 Bolívia

Fase Final
Uruguai 2 x 2 Espanha
Uruguai 3 x 2 Suécia
Brasil 2 x 1 Uruguai

TRAJETÓRIA DO BRASIL

Primeira fase
Brasil 4 x 0 México
Brasil 2 x 2 Suíça
Brasil 2 x 0 Iugoslávia

Fase final
Brasil 7 x 1 Suécia
Brasil 6 x 1 Espanha
Brasil 2 x 1 Uruguai

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