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Renê Simões defende volta do futebol como forma de auxiliar famílias: 'Tenho amigos que já bateram na mulher'

Segundo o ex-treinador, muitas pessoas estão 'enlouquecendo' durante o período de isolamento social

postado em 27/06/2020 21:41 / atualizado em 27/06/2020 21:47

(Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

Apoiador da volta do futebol no Brasil, o ex-técnico da Seleção Brasileira Feminina, Renê Simões, acredita que o retorno do esporte pode auxiliar famílias que estão “enlouquecendo” em casa, combatendo, inclusive, casos de violência doméstica. De acordo com o ex-treinador, um amigo chegou a agredir a esposa durante o período de quarentena.

Durante uma entrevista à Rádio Central, de Campinas, o ex-treinador revelou casos de agressão durante a pandemia do coronavírus.

“Vamos discutir o futebol como fator social para ajudar as pessoas que estão em casa enlouquecendo. Eu tenho amigos aqui que já se separaram, outros já bateram na mulher, outros batem nos filhos, estão enlouquecendo. Então se colocar futebol, pode ser que ajude em alguma coisa”, disse Renê.

Apesar de mais de 1 milhão de casos de mais de 57 mil mortes pela COVID-19 no país, Simões acredita que os atletas são “pessoas extremamente saudáveis" e, por isso, não há problema no retorno do futebol.

“Nós já tivemos mais de 100 jogadores brasileiros com COVID. Nenhum deles foi internado, nenhum deles foi entubado. No mundo todo, só conheço um caso que fugiu da regra, que foi o Dybala da Juventus que foi testado positivo, 14 dias depois positivo de novo, mais 14 dias positivo de novo, mas resolveu tudo. Eu não tenho um caso de jogador que tenha sido internado, entubado, e porquê? Porque são pessoas extremamente saudáveis, e esse vírus não é para as pessoas saudáveis, esse vírus quer as pessoas que tenham alguma deficiência, que os jogadores não tem”, declarou.

Para Renê Simões, a volta dos campeonatos não significa que a situação no Brasil voltou ao normal, mas pode funcionar uma distração para as pessoas que estão em quarentena.

“Ah, mas falam que o futebol voltando vai indicar que a situação está normal. Como está normal? Não tem torcida, os gandulas higienizando a bola, isso não é normalidade. Agora, isso vai fazer um bem muito grande para as pessoas que estão em casa. O fator social de alguém que está em casa e não está com a cabeça pensando só no vírus, está pensando no jogo, interagindo com outro”, concluiu.

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