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SELEÇÃO BRASILEIRA

Tite prega cautela com Panamá e revela preocupação com setor criativo da seleção

Jogadores devem atuar na mesma posição que atuam nos clubes

postado em 22/03/2019 17:21 / atualizado em 22/03/2019 17:22

<i>(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)</i>
Apesar da fragilidade do Panamá, pior time da Copa do Mundo da Rússia, o técnico Tite prega cautela à seleção brasileira para o amistoso deste sábado, na cidade portuguesa de Porto. O jogo é o primeiro de dois preparatórios que a equipe nacional fará como preparação para a Copa América, em junho, no Brasil.

"Em teoria, somos os favoritos", disse o treinador, antes de ponderar: "Quando se vai para o campo você encontra dificuldades". Ele lembrou da atuação do Panamá na derrota da Bélgica, que veio a ser o algoz da seleção nas quartas de final, na fase de grupos. Os belgas venceram os panamenhos por 3 a 0. "Contra a Bélgica, eram mais de 30 minutos de jogo, e a primeira chance de gol foi do Panamá", afirmou Tite.

Para este primeiro amistoso da série (o segundo será contra a República Checa na terça), o treinador brasileiro quer reforçar o setor criativo da seleção. Na sua avaliação, o time ficou devendo neste aspecto nas vitórias sobre Camarões e Uruguai, ambas por 1 a 0, em novembro do ano passado.

"A minha tensão maior, em relação à última convocação, é a formatação criativa do meio de campo. Procuramos potencializar esses atletas com uma condição criativa maior. Sentimos na última convocação que esse processo criativo [poderia] maior", declarou, ao defender o quarteto ofensivo que pretende escalar no amistoso deste sábado: Lucas Paquetá, Philippe Coutinho, Richarlison e Roberto Firmino.

"Antes da finalização, tem o processo de criação. E o Richarlison e o Firmino têm números significativos e gols na Premier League. O Gabriel Jesus está voltando. O Everton foi goleador do Grêmio no ano passado. Mas esse é o segundo estágio. Antes tem o processo de formatação da criação", disse, ao minimizar qualquer preocupação com o baixo número de gols da equipe.

Tite afirmou que deve manter na seleção o mesmo posicionamento dos jogadores do meio-campo em seus clubes. "Quando um atleta vem para a seleção brasileira, ele deve exercer a função do clube. Casemiro, Paquetá e Arthur jogam com trio em seus clubes. Então, você passa uma segurança natural ao atleta", revelou o treinador.

Diante das chances dadas ao zagueiro Éder Militão e ao próprio Richarlison nos treinos, Tite admitiu que o processo de renovação na seleção está em curso. "Essa [utilizar jogadores mais jovens] é uma possibilidade real. Por isso, falamos em curto e médio prazo. Por isso, aproveitamos essa convocação para dar oportunidade e chegar na Copa América com essa mescla. Agora, vai depender da participação com a camisa da seleção brasileira. A camisa amarela tem um peso."

Sem dar maiores detalhes ainda sobre o processo de renovação da equipe, Tite enfatizou o processo de "reconstrução" da equipe. "Repaginar, reestruturar, reinventar, evoluir, adaptar-se a uma realidade diferente. É muito difícil encantar. O processo para a Copa do Mundo foi atípico [de rápido sucesso da equipe]. Essas descobertas são mais desafiadores. Nós temos que reinventar essa realidade."

Para o duelo deste sábado, às 14 horas (horário de Brasília) no estádio do Dragão, Tite deve escalar a seleção com Ederson; Fagner, Éder Militão, Miranda e Alex Telles; Casemiro, Arthur, Lucas Paquetá, Philippe Coutinho e Richarlison; Roberto Firmino.

Logo após a partida, o Brasil segue para Praga, capital da República Checa. Na próxima terça-feira, a seleção enfrentará o time da casa, na Eden Arena, às 16h45.

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