Maior decepção da carreira foi não ter atuado ao lado da grande joia que surgia no futebol brasileiro e se preparava para disputar seu primeiro Mundial, em 1958
Transferência para o Barcelona pôs fim ao sonho de Evaristo de defender a Seleção na Copa do Mundo de 58
Aos 77 anos, Evaristo de Macedo Filho atende ao telefone em sua casa, no Rio, com voz imponente. Ao saber que o tema da entrevista é o aniversário de Edison Arantes do Nascimento, o ex-atacante de Flamengo, Barcelona, Real Madrid e Seleção Brasileira fraqueja. Faz um breve silêncio e revela: "Puxa vida, rapaz, você quer falar de uma das maiores frustrações da minha vida..."
Astro do Flamengo em 1957, Evaristo era candidatíssimo a ser um dos 22 jogadores convocados para a Copa de 1958, na Suécia. Integrou o quarteto ofensivo da Seleção até abril de 1957, quando uma transferência mudou totalmente a história. "Fui vendido aos 24 anos para oBarcelona e nunca mais voltei a vestir a camisa da Seleção Brasileira. Uma pena, uma pena..."
Na Catalunha, recebeu um telefonema às vésperas da convocação final para o Mundial de 1958. "Era o coordenador técnico Carlos Nascimento. Ele me disse: ‘Evaristo, vamos dar início aos treinos para a Copa e a comissão técnica deseja que você solicite ao Barcelona a sua liberação’. Tentei, mas o clube não me liberou. A Espanha não tinha se classificado para o Mundial da Suécia e os clubes de lá resolveram manter o Campeonato Nacional normalmente, sem abrir mão de ninguém."
Quando informou à antiga Confederação Brasileira de Desportos (CBD) a negativa do Barça, Evaristo percebeu a tristeza de Nascimento: "Puxa, rapaz, que pena! O Vicente Feola (técnico) estava ansioso para vê-lo jogar ao lado de um neguinho bom de bola que surgiu lá noSantos".
Sem TV
Evaristo ficou curioso, mas a falta de tecnologia o impediu de bisbilhotar a vida alheia. "Se fosse hoje, com certeza ligaria a TV a cabo ou entraria na internet rapidinho para descobrir de quem ele estava falando. Mas naquela época não tinha nada disso, companheiro! Continuei a minha vidinha lá no Barcelona, do outro lado do Atlântico, sem saber quem era o tal neguinho chamado Pelé", diverte-se o maior artilheiro brasileiro da história do clube catalão, com 78 gols em 114 partidas.
Autor do primeiro gol da história do Camp Nou, Evaristo não viu Pelé despontar na Seleção por uma questão de meses. Sua última partida com a amarelinha foi contra o Peru, em 21 de abril de 1957, no Maracanã, pelas Eliminatórias da Copa. Exatos 77 dias depois (dois jogos), o garoto saía do banco para substituir Del Vecchio e marcar o único gol verde-amarelo na derrota por 2 a 1 para a Argentina, no mesmo Maracanã, pela Copa Roca.
Enquanto o Brasil via o nascimento de um rei, Evaristo pintava e bordava na Espanha, ao lado de outros craques. "Nas minhas passagens por Barcelona e Real Madrid, joguei ao lado de Puskas, Kocsis, Czibor, Gento e Di Stéfano. Todos eram craques, mas nenhum como o Pelé, que eu conheci ao vivo jogando contra ele em 1959", testemunha.
"Soube que ele existia em 1957, mas só o vi em carne e osso quando o Santos fez uma excursão à Europa e venceu o Barcelona por 5 a 1. Naquele dia, conheci a dupla de ataque mais afinada que já vi jogar: Coutinho e Pelé", reverencia.
Confira reencontro entre Pelé e Dadá em reportagem da TV Alterosa
Pelé foi sem duvida um jogador fenomenal mas talvez muito não saiba que essa glória toda, tem que ser dividada com outros dois grandes jogadores Pagão e Coutinho.Vi os dois jogando e armava quase as grandes jogadas para o "Negão".Mas ele não fala abertamente isso,um dos seus defeitos .Certo Pelé ok!
Autor:
ARDEL A.A.LAGO
Esse sim foi craque e um grande técnico de futebol.Sabe tudo de futebol e por saber é que levou o Bahia aser bicampeão brasileiro em l989.
Lindo ao empartamos com o Inter no Beira Rio.Noite de grandes hérois Bobo,Charles,J.Carlos.Paulo Rodrigues,Marquinhos,Ronaldo,
J. Marcelo, Claudir,Tarantine etc!
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