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Especial

A honra de jogar contra o Rei

Superesportes volta no tempo para reviver capítulos marcantes da trajetória real contra Náutico, Sport e Santa Cruz - únicos times de Pernambuco que o Rei enfrentou

Lucas Fitipaldi - Diário de Pernambuco

José Gustavo - Diario de Pernambuco

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Publicação:

25/10/2010 19:01

 

Atualização:

25/10/2010 19:33

6 de abril de 1974, Santos 1 x 1 Sport. Gol de Pelé. Na época, mais um. Hoje, histórico, emblemático, o último do Rei contra um clube de Pernambuco. Daquele dia até 2 de outubro de 1957, 17 anos se passaram. Quase duas décadas entre o primeiro e o último jogo. Coincidências da bola, o adversário na estreia de Pelé contra uma agremiação do estado foi o mesmo Sport. O placar do jogo, o mesmo 1 x 1. Àquela altura um jovem promissor de apenas 16 anos, o Rei passou em branco na Ilha do Retiro. Ao longo da carreira, seriam mais 20 exibições.

Ainda em clima de festa pelos 70 anos do mito, comemorado no sábado, o Diario de Pernambuco volta no tempo para reviver capítulos marcantes da trajetória real contra o trio de ferro Náutico, Sport e Santa Cruz - os únicos times do estado que Pelé enfrentou. A relação com cada rival guarda episódios pontuais. Menor de idade, antes de se firmar como estrela do Santos, por pouco o jovem Edson Arantes do Nascimento não veio parar no Sport. No início da segunda metade de década de 1950, ele chegou a ser oferecido pelos dirigentes do Peixe aos cartolas rubro-negros. Mas, numa época em que o nome Pelé soava estranho, chegava a ser motivo de piada, a recusa passou longe de causar qualquer constrangimento nos diretores leoninos.

Cerca de uma década depois, em 17 de novembro de 1966, o já consagrado Rei do futebol seria vítima do melhor time pernambucano da história. O inesquecível Náutico, hexacampeão. Náutico de Bita, o Homem do Rifle. Autor de incríveis quatro gols na vitória por 5 x 3 sobre o Santos, em pleno Pacaembu, numa exibição suficientemente eterna para fazer o Rei descer do pedestal e se desmanchar diante daquele Náutico, segundo o próprio, um dos três adversários mais qualificados que chegou a enfrentar.

Cinco anos depois, o desembarque no Recife tinha um motivo no mínimo inusitado. Em vez do par de chuteiras, caneta na mão. Escalado pelo então governador de Pernambuco, Eraldo Gueiros, Pelé foi testemunha do financiamento de US$ 850 mil junto ao Bandepe para a conclusão das obras do Arruda. Na época, o Mundão estava cotado para receber jogos da Copa da Independência, a Minicopa, que teve participação de 20 seleções. Dois anos depois, em 1973, o Rei receberia o título de sócio benemérito do Santa Cruz.

A média de gols diante dos clubes do estado é inferior à da carreira: 0,61 contra 0,93. Foram 13 gols em 21 jogos, oito dos quais em cima do Santa Cruz. Apesar de carrasco tricolor, Pelé encerrou a carreira invicto contra o Sport, perdeu apenas um jogo para o Náutico e teve o Santa como maior algoz. O desempenho geral contabiliza 11 vitórias, seis empates e quatro derrotas. Números que revelam superioridade. Compatíveis à força do mito, eterno, como diz a película. Perder de Pelé é redundância no planeta bola. Quase uma honra.

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