Dá vontade de xingar, com uma dúzia de palavrões, os responsáveis pelo futebol do América, o técnico Silas e muitos jogadores que contribuíram para frustrar mais uma vez os torcedores do Coelhão em seu desejo de voltar à Série A.
Desde que o time subiu em 2010, já são três anos de profunda desilusão amorosa, dor de cotovelo que também faz doer a cabeça, os colhões, a alma e o coração. A torcida está protestando.
Flávio Lopes chegou agora e não tem culpa de nada. Porém, diante dos desempenhos sofríveis, ruins, péssimos e sobretudo irregulares de muitos atletas americanos, é no mínimo questionável sua afirmação de que pretende manter 80% dos atuais jogadores no elenco.
Concordo que é preciso apostar em Silas, dar a ele tempo para estruturar um time com qualidade, e também confiar em parte do grupo de jogadores. Mas 80%, Flávio? É muita generosidade sua. A lista de dispensados deve ser rigorosa e não generosa. Não é possível esquecer que na técnica (?), na indisciplina e na falta de vontade alguns atletas mais prejudicaram que ajudaram o clube.
Ok, a política de mandar 30 embora e contratar outros 30 já deu provas suficientes de que é equivocada e só leva o América para o buraco. Quantidade não gera qualidade. Mas 80% parecem demais, Flávio Lopes. Por respeito aos torcedores, dê uma peneirada maior aí. Queremos um time com alma e futebol bonito.
Valorizar a base é atitude saudável e necessária. Matheus, nosso melhor jogador, veio de lá. É o único que considero titular absoluto. Entre os demais, há quatro tipos: 1) devem ser dispensados ao fim do contrato: Gedeílson, Jaílton, Danilo, Leandro Ferreira, Juninho, Élvis, Willians (indisciplinado), Nikão (não entra nunca em forma), Marcão, Wéverton e Thiago Alves (inoperantes); 2) devem ser escalados como titulares e compor o time principal com os novos contratados: Matheus, Leandro Silva (Elsinho), Gualberto, Claudinei (Andrei), Doriva (Magrão?) e Alessandro; 3) devem ser preparados para assumir a titularidade: todos da base, mais os que ainda vão subir; 4) reservas: os não citados nos itens anteriores – e que não forem dispensados.
Para escalar o América’2014, a aqueles seis atletas titulares eu somaria cinco novos contratados de qualidade comprovada: um xerifão (Brinner, do Paraná); um lateral-esquerdo (Vicente, do Ceará); um volante bom de bola (David, do Goiás); um camisa 10 melhor do que Rodriguinho (Marcos Aurélio, do Sport, ou Lincoln, do Coritiba); e um goleador de verdade (Meneghel?). Que usem para isso os milhões da venda de Rodriguinho.
Mas o meu América’2014 vai além do departamento de futebol, da comissão técnica e dos atletas. Creio ser decisivo para o clube que as correntes políticas internas se entendam, que os presidentes e conselheiros se unam em favor do ideal de todos os americanos: o sucesso do Coelhão.
O Bom Senso está aí para mostrar a importância de um novo tempo no futebol brasileiro. Torço para que o América saia na frente.
Verde... de raiva
"Já são três anos de profunda desilusão amorosa, dor de cotovelo que também faz doer a cabeça, os colhões, a alma e o coração"
postado em 29/11/2013 08:28
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