Nocauteado por Justin Gaethje na luta principal do UFC em Vancouver, no sábado passado, Donald Cerrone esboçou uma reclamação ao árbitro no octógono, alegando que ainda teria condição de permanecer no confronto, apesar da sequência de golpes do adversário. Mais calmo, depois do evento, o Cowboy disse que absorveu a derrota - a segunda consecutiva na divisão peso leve (até 70kg) - e ainda confia na conquista do cinturão.
“Eu não estou dando desculpas. Esse é o jeito que o jogo é. Algumas vezes, você pega árbitros que deixam você ser socado. Outras vezes, o que não deixa. Eu peguei um que não permitiu. Então, talvez seja melhor para a longevidade para mim e para o meu garoto aqui (Dacson Cerroe, filho do atleta). Talvez ele não tenha me batido até eu ficar retardado. Então, isso é bom”, comentou o Cowboy, que até viu de forma positiva a paralisação da luta pelo árbitro, depois de certo descontentamento no momento da interrupção.
Aos 36 anos, um dos atletas mais queridos pelos fãs do UFC, Cowboy só teve uma chance de disputar o cinturão. Em dezembro de 2015, ele enfrentou Rafael dos Anjos, então campeão dos leves, e foi derrotado por nocaute técnico logo no primeiro round. Cerrone viveu altos e baixos na divisão, disputou algumas lutas nos meio-médios (até 77kg) e retornou à categoria até 70kg. A meta do norte-americano ainda é ter nova oportunidade de brigar pelo título.
“Eu vou pegar o cinturão. Vai acontecer. Eu acho que apenas deslizei um degrau, mas eu vou voltar. Eu vou treinar forte e eu vou pegá-lo (cinturão). É a última coisa que eu tenho que fazer para o meu legado”, finalizou o Cowboy, que tem cartel de 36 vitórias, 13 derrotas e um No Contest (luta sem resultado) como profissional no MMA.