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Ex-Minas, Luana Pinheiro mostrou DNA de judoca para vencer a segunda no UFC

Ex-judoca do Minas usou a especialidade para bater Sam Hughes e busca ter a chance de enfrentar Jessica Penne na sequência

postado em 22/11/2021 20:03 / atualizado em 22/11/2021 20:22

(Foto: UFC/Divulgação)

Depois de vencer a segunda luta consecutiva no peso-palha (52kg) do UFC, ao bater Sam Hughes por decisão unânime dos juízes, no sábado passado, em Las Vegas, Luana Pinheiro já tem o próximo passo em mente. A paraibana, que integrou a equipe de judô do Minas antes de migrar para o MMA, espera ter remarcado o confronto com a norte-americana Jessica Penne, ex-desafiante ao cinturão da categoria. 

Jessica Penne seria adversária de Luana, mas foi retirada do evento e substituída por Sam Hughes, também dos EUA, a duas semanas do UFC de sábado passado. A troca de rival faltando pouco tempo para a luta não intimidou Luana, que dominou os três rounds e aplicou bem os golpes e as quedas do judô, para desestabilizar a oponente. 



Depois da segunda vitória, Luana ainda espera enfrentar Jessica Penne, ainda mais pelo fato de a americana ter disputado cinturão e ocupar o 15º lugar no ranking, fechando o top 15 da divisão. "A minha luta seria contra a Jessica Penne, treinei o camp inteiro para ela, então se quiser essa luta ainda estou pronta para lutar com ela", desafiou a paraibana, em entrevista ao Combate.

(Foto: UFC/Divulgação)


A paraibana radicada em BH e que treina no Rio de Janeiro, na academia Nova União, a mesma de José Aldo, disse que seria a chance de ganhar mais visibilidade, especialmente em caso de triunfo sobre uma ex-desafiante. "É uma luta que eu gostaria de fazer, ela está no MMA há bastante tempo, quando começou eu ainda estava no judô, então respeito muito ela. Adoraria enfrentá-la, é bastante dura, está ranqueada, já disputou cinturão, então acredito ser uma boa luta para a minha carreira."

Aos 29 anos, Luana Pinheiro teve uma estreia atípica no UFC, em maio passado, quando foi declarada vencedora após ser atingida por um golpe ilegal da canadense Randa Markos. Ela considera que o segundo resultado positivo, na primeira luta em três rounds como atleta contratada da organização, foi fruto de muito trabalho. "Estou muito feliz, consegui colocar em prática tudo que treinei, é muito bom fazer três rounds", relatou.



"Fazia tempo que não fazia três rounds numa luta, mas lá na minha academia, na Nova União, todo mundo entra para me meter a porrada nos sparrings, então sabia que podia passar por isso, já que na academia passo por coisa muito pior. Estou muito feliz de chegar aqui, dar meu melhor e fazer tudo que treinei, e só tenho a agradecer a todos os meus amigos, à minha equipe, todos os treinadores, à minha família, estou muito feliz de estar de volta", acrescentou a judoca, que é faixa-preta e mais uma vez mostrou qualidade em sua área.

"O judô está no meu sangue. Minha família inteira é judoca, meu pai, minha mãe, minha tia, meu avô, faço judô desde os meus dois anos, está no meu sangue. Vou levar o judô para sempre na minha vida. Fico muito feliz que a galera do judô se amarra, porque é uma coisa que eles veem fora do judô. Fico muito feliz de estar representando o judô no MMA", destacou a paraibana, que tem como incentivador o namorado, Matheus Nicolau, de BH e também atleta do UFC, com quem treina no Rio de Janeiro.