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Após oito meses, Maluf está de volta ao dia a dia do Galo: "Vou chamar a responsabilidade"

Dirigente esteve afastado do clube para tratamento de câncer no estômago

postado em 09/01/2017 07:00 / atualizado em 09/01/2017 08:33

Bruno Cantini/Atlético

Desde junho de 2010, os bastidores do futebol do Atlético tiveram Eduardo Maluf como referência: responsável por negociações de jogadores, por administrar o vestiário, por ser o elo entre os atletas e a cúpula do clube, muitas vezes o representante alvinegro em importantes reuniões. Porém, no primeiro semestre de 2016, o dirigente foi obrigado a dar uma pausa na carreira. Diagnosticado com câncer no estômago, ele precisou se submeter a um tratamento intensivo de quimioterapia. O futebol ficou em segundo plano. Liberado pelo médico, voltou às atividades profissionais no Galo neste começo de ano.

“É um prazer voltar ao convívio com vocês depois de sete, oito meses. Recebi muitas mensagens de apoio no período do meu tratamento. Eu tive um câncer de estômago, fiz uma cirurgia, um tratamento intensivo de quimioterapia nesses oito meses. Meu médico me liberou para as atividades profissionais, mas ainda sigo fazendo o tratamento de manutenção por prazo indeterminado”, foram as primeiras palavras do diretor de futebol em entrevista coletiva.

Maluf esteve presente na apresentação de Roger Machado, novo treinador do time. Coube a ele responder às perguntas sobre a montagem do elenco alvinegro. Assegurou a chegada de reforços para suprir baixas como Leandro Donizete e Júnior Urso. Garantiu a permanência de Robinho na equipe.

Aos poucos, vai retomando a rotina de diretor de futebol. Em 2017, Daniel Nepomuceno vai acumular a presidência do Atlético com o cargo de Secretário de Desenvolvimento da prefeitura de Belo Horizonte. Eduardo Maluf sabe que terá de se adaptar a uma nova realidade, mas promete cumprir todas as obrigações.

“Um tratamento de câncer não é fácil, é agressivo. Durante esse período, estive sempre à disposição do Daniel. Não vou voltar a ser Maluf 100%, e nem eu quero mais. Mas vou estar aqui todos os dias, acompanhar os jogos, chamar a responsabilidade para mim, para decidir o que precisa. A parte disciplinar não abro mão”, disse.

Galo nos trilhos

Edesio Ferreira/EM/D.A Press
Maluf minimizou o período de ausência no futebol. Para ele, o Atlético hoje é organizado e conta com profissionais e diretores com totais condições de conduzir o clube. No ano passado, o Galo brigou pelos títulos do Campeonato Mineiro, do Brasileirão e da Copa do Brasil, mas terminou a temporada sem nenhuma taça.

“Não acho que o Maluf fez falta em 2016. Os jogadores sentiram pelo lado pessoal, por uma doença que não é brincadeira. Mas o Atlético virou um clube muito organizado, que, se alguém precisar se ausentar, o time está nos trilhos. Minha ideia é estar no dia a dia, talvez duas vezes na sede e três no Centro de Treinamentos. Sobrecarregou muito o Daniel no ano passado. O Carlinhos Neves foi bem, mas numa coordenação técnica. Eu estou me sentindo bem.”

Como diretor de futebol do Galo, Eduardo Maluf participou das conquistas do Campeonato Mineiro (2012, 2013, 2015), da Copa Libertadores (2013), da Recopa Sul-Americana (2014) e da Copa do Brasil (2014).

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