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'Reforço de peso' em 2017, Valdívia deixa Atlético com status de decepção

De saída para o São Paulo, meia-atacante esteve longe de brilhar no Galo

postado em 02/02/2018 20:30 / atualizado em 02/02/2018 20:30

Ramon Lisboa/EM/D.A Press

Valdívia chegou ao Atlético em maio de 2017 como uma das grandes contratações do clube na era pós Alexandre Kalil e 'engordou' uma lista composta, por exemplo, por Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli, Lucas Pratto, Robinho, Fred e Elias. À época, ele recebeu consultas inclusive do rival Cruzeiro. Passados oito meses, o meia-atacante deixa o Galo como uma  decepção. A antiga diretoria investiu alto em seu empréstimo, pagou um dos maiores salários do elenco e não viu o retorno esperado. O mato-grossense marcou apenas dois gols nessa passagem pelo Galo, algo que nem de longe justificou os 15 milhões de euros (mais de R$ 54 milhões) estipulados pelo Inter para sua aquisição em definitivo. Liberado, ele está perto de fechar com o São Paulo.



O ‘Poko Pika’, como Valdívia se autodenomina, ficará agora marcado na lista das contratações de impacto do Atlético que não deram certo, ao lado de Diego Souza, Daniel Carvalho e André. Todos chegaram cercados de expectativa, mas, no fim, não deixaram saudades.

Valdívia jogou 33 vezes com a camisa alvinegra. Além dos dois gols, ele deu apenas duas assistências. Oportunidades e sequências não faltaram nesses oito meses. Dos últimos 20 jogos de 2017, ele foi titular em 19, ficando como opção no banco de reservas apenas na derrota para o Santos, por 3 a 1, na Vila Belmiro. Mesmo com a confiança do técnico Oswaldo de Oliveira, o rendimento foi discreto. O meia-atacante recebeu mais elogios pela entrega na recomposição do que pela eficiência em jogadas ofensivas, sua marca no início de carreira no Internacional.

Investimento

Em 2017, o Atlético só ganhou a concorrência Santos, São Paulo e Cruzeiro na contratação de Valdívia porque investiu alto em seu empréstimo, que iria até maio deste ano. O clube perdoou uma dívida do Inter relativa ao volante Eduardo, na ordem de  200 mil euros (cerca de R$ 720 mil), e ainda desembolsou mais R$ 734 mil, segundo a imprensa gaúcha. A diretoria alvinegra jamais confirmou os valores.

Desejo de permanência 

No dia 12 de janeiro, Valdívia concedeu entrevista coletiva na Cidade do Galo e afirmou que tinha o desejo de permanecer no Atlético até o fim da temporada. O jogador afirmou que, com a participação na pré-temporada, depois de dois sem esse tipo de trabalho, poderia fazer um bom Campeonato Mineiro e convencer a diretoria a tentar sua continuação no Alvinegro.

“Vou fazer minha parte, aqui ou em outro lugar vou jogar meu futebol alegre, feliz. Estou pensando em fazer um bom Mineiro, para poder ficar mais, até o fim da temporada. É o que eu mais quero. São dois anos que não fiz pré-temporada porque machuquei. Estou tendo esse privilégio de fazer a pré-temporada. Se dependesse só de mim seria muito mais fácil. Vou fazer um bom Mineiro e esperar o que vai acontecer”, declarou.

No entanto, tudo passou bem longe do planejado por Valdívia. Este ano, o meia-atacante foi escalado entre os reservas pelo técnico Oswaldo de Oliveira. Nas duas partidas que fez pelo time alternativo, foi pouco produtivo e acabou se queimando com o torcedor.

Futuro no São Paulo

Após ser liberado pelo Atlético, Valdívia agora acerta sua transferência para o São Paulo. O jogador deve ficar no clube paulista até o fim da temporada. O empréstimo deve ter os mesmos moldes da negociação entre Internacional e Atlético.

O Tricolor será o terceiro grande clube da carreira de Valdívia, que teve ascensão no Internacional, entre 2013 e 2016. Depois de grave lesão em novembro de 2015, atuando pela Seleção Olímpica, ele nunca mais foi o mesmo que empolgou os colorados.

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