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Larghi considera justo cartão vermelho a Otero, mas diz: 'Edilson também deveria ter sido expulso'

Técnico destaca luta do Galo com jogador a menos e parabeniza Cruzeiro

postado em 08/04/2018 21:22 / atualizado em 09/04/2018 11:54

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

O técnico Thiago Larghi apontou a expulsão de Otero, logo aos 21 minutos do primeiro tempo, como o fator determinante para a derrota do Atlético na decisão do Campeonato Mineiro, contra o Cruzeiro, neste domingo, no Mineirão. A equipe alvinegra já estava perdendo – Arrascaeta abriu o placar aos 3min de jogo - quando o equatoriano recebeu o cartão vermelho em lance com o cruzeirense Edílson. O título celeste foi definido com o gol de Thiago Neves, aos 7min da etapa final: 2 a 0.  

Na opinião de Thiago Larghi, a expulsão de Otero foi justa, mas acredita que o lateral-direito Edílson também deveria ter sido excluído da partida. O treinador alvinegro também reconheceu o merecimento do adversário na conquista do título estadual.

“Fica claro para quem viu o jogo. Jogamos 70 minutos com um jogador a menos. Um jogo bem difícil, contra um adversário qualificado. Fizemos um jogo bem interessante na semana passada, com onze contra onze, de forma equilibrada, conseguindo impor o nosso jogo. Hoje, esta final só durou 20 minutos para a gente. Perder um homem logo no início significa muito. Achei estranho, porque tem uma imagem que o quarto árbitro diz para expulsar os dois. Realmente, a expulsão do Otero foi justa, mas deveria ter expulsado o outro também por ter levantado o pé no peito do Otero. Foi um bom jogo. O time lutou. Perdemos no placar agregado: 3 a 3. Parabéns ao Cruzeiro pela campanha. Mereceram”, declarou em entrevista coletiva depois do clássico.  

Larghi destacou a evolução do time demonstrada nos últimos jogos – chegou ao clássico decisivo com cinco vitórias seguidas – e considerou a perda do título mineiro como aprendizado para o restante da temporada.

“Tentamos manter o equilíbrio, mas não aconteceu. Isso faz parte do progresso da equipe, da formação como um time. Importante é que estamos cientes da evolução do time coletivamente, com o grupo todo de 20, 23 jogadores que estavam relacionados. Acho que a consciência do que estamos fazendo é o que mais importa em um momento como esse. A gente tem um ano pela frente, e é trabalhar em função de melhorar em cada passo de cada situação que possa envolver o jogo, porque isso aí não vai ser a primeira nem a última vez. Temos de estar preparados e responder bem a isso, para chegarmos a títulos maiores na frente”, projetou.

Por fim, o técnico comentou os erros do Atlético na partida e voltou a lamentar a decisão do árbitro Luiz Flávio de Oliveira em não expulsar Edílson.  “Foram erros pontuais, principalmente no primeiro gol, quando ainda tínhamos onze contra onze. Com um homem a menos fica muito difícil suportar durante um tempo muito longo. E aconteceu. Num início de trabalho, numa progressão, a gente sabe que pode acontecer. Talvez se o árbitro expulsasse os dois as coisas poderiam ser mais justas”, ressaltou.

Após a perda do título, o Atlético volta a campo nesta quarta-feira, às 19h15, contra o San Lorenzo, na Argentina, pela primeira fase da Copa Sul-Americana. A estreia do Galo no Campeonato Brasileiro será no próximo domingo, contra o Vasco, em São Januário.

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