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Atlético busca reforços mais experientes e deve manter a média de idade alta em 2019

Alvinegro quer ter elenco 'cascudo' para conquistar títulos

postado em 11/12/2018 06:35 / atualizado em 11/12/2018 09:19

Bruno Cantini/Atlético


Depois de apostar na contratação de jovens atletas na temporada de 2018, o Atlético mudará de filosofia no ano que vem e promete ir ao mercado na busca por reforços mais experientes e com currículo de títulos. A ideia é que o clube tenha uma equipe mais qualificada e em condições de fazer papel de destaque na Copa Libertadores e no Campeonato Brasileiro, competições que deve priorizar no próximo ano.

Mesmo que a diretoria tenha contratado em janeiro atletas sem tanta bagagem, o Galo não conseguiu diminuiu tanto a média de idade de seu time titular. Isso se deve, em parte, à manutenção de Leonardo Silva (que completou 39 anos em junho) à frente da zaga e à contratação de Ricardo Oliveira (de 38) para o setor ofensivo. Além disso, contribuiu para a elevação da idade a continuidade de outras peças com mais de 30 anos, casos do goleiro Victor (35), do lateral-esquerdo Fábio Santos (33) e do volante Elias (33).

Ao programa 98FC, da Rádio 98, o presidente Sérgio Sette Câmara reiterou que o alvinegro optou por reforços mais jovens em seu primeiro ano de mandato por causa da possibilidade de negociá-los para ter mais recursos: “Vamos buscar fortalecer esse time que foi refeito. Era um pleito que todo mundo tinha, o de rejuvenescimento do elenco. E isso foi feito. O Atlético tem vários jovens promissores, que mais cedo ou mais tarde serão negociados e vão se traduzir em receitas par o clube e a gente vive desta maneira. Temos várias promessas que poderão ser negociadas. E a gente sabe que para brigar por título nacional, temos que dar uma qualificada no elenco, trazer experiência, não tanta com idade avançada, mas jogadores de 28 ou 29 anos, jogadores vencedores.”

A ideia é investir em pelo menos dois zagueiros mais qualificados e em peças para o meio-campo e ataque. O Galo recentemente sondou a situação de Maicon (ex-São Paulo), de 30 anos, atualmente no Galatasaray-TUR, mas o jogador deve assinar com o Al Hilal, da Arábia Saudita, por R$ 22 milhões. Para a criação de jogadas, o venezuelano Guerra, de 33 anos, que ficará sem espaço no Palmeiras, também está no radar alvinegro.

Sette Câmara confirmou que o ex-atacante Marques seguirá como diretor de futebol. Ele já tem dialogado com outros clubes e agentes na busca pelos reforços, além de ter feito reuniões com o técnico Levir Culpi para discutir as posições e perfil dos novos contratados. Sette Câmara afirmou que há preocupação em montar um time mais equilibrado em 2019: “Você analisa as contratações de acordo com os atletas que já fizeram algo pelo elenco, jogadores que custam muito dinheiro para o retorno que estão dando em campo, jogadores que têm reposição à altura e outros de que precisamos nos desfazer. Trabalhamos com vários empresários”.

Pouco retorno

A ideia da diretoria é que os jogadores que chegarão em 2019 se tornem decisivos para a equipe a ser planejada por Levir. O perfil dos atletas contratados pelo Atlético desde janeiro privilegiou os mais jovens, mas que representaram retorno técnico. Inicialmente, o clube investiu nos atacantes Róger Guedes, de 21 anos, e Erik, de 24, no zagueiro Maidana, de 22, e no armador Tomás Andrade, de 21 – a diretoria também contratou os experientes Arouca e Ricardo Oliveira. Apenas Róger Guedes, Maidana (já no fim da temporada) e Ricardo Oliveira se tornaram titulares. No caso de Róger Guedes, um dos poucos a se salvar, houve R$ 12,5 milhões nos cofres alvinegros com a negociação com o Shandong Luneng, em julho.

Na metade do ano, vieram outros reforços com pouca idade, como o lateral Emerson (19), o zagueiro Martín Rea (20), o armador Nathan (22) e os atacantes Edinho (23), Leandrinho (19) e Denílson (23). A mais cara contratação do ano e também da história do clube foi um jogador em auge de carreira: o colombiano Chará, de 27, por R$ 26 milhões. Emerson e Chará foram os únicos a ter sequência no time principal, enquanto os demais podem até mesmo deixar o Galo, mesmo com contratos em vigor.

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