A partida de volta será na próxima quarta-feira, dia 27 de fevereiro, também às 21h30, no Independência, em Belo Horizonte. A equipe que avançar do confronto entre Atlético e Defensor entrará no grupo E da Copa Libertadores, que conta ainda com Nacional-URU, Cerro Porteño-PAR e Zamora-VEN.
O Atlético
A prioridade do Atlético é o sistema defensivo. Afinal, o time foi vazado quatro vezes em dois jogos diante do Danubio. No Campeonato Mineiro, o cenário é diferente. Foram apenas dois gols sofridos em sete partidas - média inferior a 0,3. Para melhorar a estatística na Libertadores, o zagueiro Igor Rabello prega estudos e atenção ao jogo aéreo.
“Sabemos como são os times do Uruguai. São times competitivos. Sabemos que a equipe do Defensor gosta muito do jogo aéreo. Tem um jogador que conheço, que é o Navarro, na frente, que jogou no Botafogo. Então, a gente está treinando para desempenhar o melhor futebol”, avaliou o defensor de 23 anos.
Ofensivamente, a esperança é o centroavante Ricardo Oliveira. O jogador de 38 anos vive grande fase e é o artilheiro da Libertadores, com quatro gols em duas partidas. Na temporada, ele foi às redes nove vezes em cinco jogos - média de 1,8.
O adversário
Para chegar à terceira fase da Libertadores, o Defensor eliminou Bolívar-BOL e Barcelona de Guayaquil-EQU. A classificação contra os equatorianos foi marcada por polêmica. Afinal, a derrota por 2 a 1 no jogo de ida, em Montevidéu, transformou-se em 3 a 0 nos tribunais em função da escalação irregular do volante Sebastián Pérez.
Independentemente das polêmicas, o Defensor aposta todas as fichas na Copa Libertadores. O técnico Jorge da Silva escalou uma formação alternativa na derrota por 1 a 0 para o Peñarol-URU, nesse domingo, na estreia no Campeonato Uruguaio. Os principais jogadores foram poupados para a partida diante do favorito Atlético.
Contra o time mineiro, os uruguaios voltarão a apostar em jovens promessas. Dos 25 jogadores inscritos na Libertadores, 17 foram formados nas categorias de base do clube violeta. O principal nome do elenco, entretanto, é um atleta de 34 anos. Criado no Defensor e com histórico no futebol de seis países do continente, o centroavante Álvaro Navarro, ex-Botafogo, é a grande esperança ofensiva da equipe.
Histórico
Atlético e Defensor se enfrentaram apenas uma vez na história. Foi em 20 de fevereiro de 1997, num amistoso disputado no Mineirão. O duelo marcou as estreias do zagueiro Márcio Santos, ex-Ajax, e dos atacantes Evair e Valdeir, ex-Palmeiras e ex-Fluminense, respectivamente.
Diante de 8.593 torcedores, o Atlético venceu os uruguaios por 2 a 1. Valdeir e Evair marcaram para os donos da casa. Atual treinador do Defensor, o ex-atacante Jorge da Silva arriscou de trás do meio-campo e fez um golaço de cobertura em Taffarel e descontar para os uruguaios.
Fator ‘campo’
O Atlético já conhece o estádio onde jogará contra o Defensor. O empate por 2 a 2 com o Danubio, na partida de ida da segunda fase da Libertadores, também foi no “acanhado” Luis Franzini, que tem capacidade para cerca de 18 mil torcedores. A expectativa de público para esta quarta-feira é de aproximadamente 10 mil pessoas.
Jogar em casa não significa exatamente uma vantagem para o Defensor. Em 2019, o time violeta não venceu nenhuma partida no Luis Franzini. Foram três derrotas em três jogos: 3 a 2 contra o Bolívar, 2 a 1 diante do Barcelona de Guayaquil e 1 a 0 na estreia do Uruguaio, ante o tradicional Nacional.
DEFENSOR X ATLÉTICO
Defensor
Gastón Rodríguez; Mauricio Gómez, Maximiliano Perg, Nicolás Correa e Alejandro Villoldo; Martín Rabuñal, Alvaro González, Ramiro Cristóbal, Joaquín Piquerez e Pablo López; Álvaro Navarro
Técnico: Jorge da Silva
Atlético
Victor; Patric, Réver, Igor Rabello e Fábio Santos; Adilson e Elias; Luan, Cazares e Chará; Ricardo Oliveira
Técnico: Levir Culpi
Motivo: jogo de ida da terceira fase da Copa Libertadores
Data e horário: quarta-feira, 20 de fevereiro, às 21h30
Local: estádio Luis Franzini, em Montevidéu (URU)
Árbitro: Néstor Pitana (ARG)
Assistentes: Juan Pablo Belatti (ARG) e Pablo González (ARG)