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Caetano elogia Atlético e reconhece que Colômbia não era 'palco ideal'

Diretor alvinegro falou sobre manifestações que ocorreram durante a vitória por 3 a 1 sobre o América de Cáli, em Barranquilla

postado em 14/05/2021 14:59

(Foto: Reprodução/TV Galo)

Diretor de futebol do Atlético, Rodrigo Caetano reconheceu que a Colômbia não era o "palco ideal" para a realização da partida dessa quinta-feira contra o América de Cáli-COL, pela Copa Libertadores. O jogo - que terminou com triunfo alvinegro por 3 a 1 - ficou marcado por ter sido disputado enquanto manifestações e violência tomavam as ruas nos arredores do Estádio Romelio Martínez, em Barranquilla.


"Sem dúvida nenhuma não é o ambiente desejável para a prática do futebol, longe disso. Entendemos que, apesar de termos tido toda a proteção e o cuidado da polícia e dos órgãos responsáveis pelo jogo, certamente o palco ideal para essa partida não seria aqui na Colômbia, nem em Barranquilla. Tínhamos outras opções, mas cumprimos a determinação da Conmebol", disse o dirigente, em entrevista à TV Galo.

Originalmente, a partida estava marcada para Bucaramanga, outra cidade colombiana. Mesmo em meio aos protestos que tomam as ruas do país desde o fim de abril, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) optou por manter o jogo na Colômbia e apenas transferí-lo a Barranquilla - onde as manifestações também ocorriam.

"Apesar de todos os incidentes ao redor do estádio - e ficamos sabendo disso sempre pelas imagens -, a gente procurou de todas as formas isolar os acontecimentos, principalmente no que diz respeito à questão mental dos atletas, para que não houvesse nenhum tipo de interferência no objetivo que era vir aqui vencer", prosseguiu Caetano.

As manifestações começaram em 28 de abril em contrariedade a mudanças tributárias desejadas pelo governo federal. Depois dos protestos, o projeto foi retirado da pauta legislativa. No entanto, a revolta social continuou na Colômbia. Os objetivos são diversos e vão desde a criação da renda básica e o fim da violência policial até a rejeição de um plano de reforma da saúde.

"Lamentamos as cenas, os fatos ocorridos. É uma manifestação realmente legítima do povo colombiano, na qual nós, neste momento, não temos nenhum tipo de participação nisso, mas fomos afetados no que diz respeito ao jogo em si. Após o jogo, chegamos em perfeitas condições no retorno ao hotel e aguardando aqui o momento para a nossa decolagem rumo a Belo Horizonte", disse o dirigente, que elogiou a postura do Atlético.

"Todos nós nos sentimos atingidos pelo gás e pela insegurança do entorno. Mas, acho que toda a delegação, não só atletas e comissão técnica, mas os funcionários em si, representaram bem a instituição. Tenho certeza que o torcedor está extremamente orgulhoso por todo o comportamento dentro e fora de campo que o Atlético demonstrou neste episódio lamentável, mas que isso sirva de lição para que isso futuramente não se repita", finalizou.

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