Julio afirmou que gostaria de continuar, fator que com certeza tinha o peso de adorar o Recife e sua família estar bem adaptada à cidade. Mas uma mudança de ar neste momento é necessária.
“Eu gostaria muito de ficar, mas acho que como foi este ano acho que ficou algo muito forte. Muito pesado mesmo e acho que é bom mudar os ares. O torcedor está chateado com razão e infelizmente dentro de campo os resultados não vieram. Tem o momento que é preciso de novos ares. Sei que são meus dois últimos jogos aqui e fico chateado por sair dessa maneira. É a primeira vez que sou rebaixado jogando e tudo serve como experiência. Fico feliz de ter feito amigos aqui, saio de consciência tranquila porque fui profissional aqui. Não conseguimos os objetivos e acho que chegou a hora de mudar. Tem coisas bem encaminhadas e devo voltar para São Paulo para jogar o Campeonato Paulista. Ainda não posso dizer o time, mas estarei lá para o Campeonato Paulista”, revelou.
Apesar de mostrar o pensamento no futuro, Julio afirmou que o foco é terminar a temporada da forma mais honrosa possível. Apesar do ambiente não ser o mais positivo, o camisa 1 acredita que a equipe entrará em campo tentando minimizar o máximo a atual situação.
“O ambiente é de tristeza pelo o que aconteceu. Jogar sem valer nada é algo muito complicado. Na medida do possível (o ambiente) está bom. Todo mundo se apresentou para treinar e vamos terminar a Série B com honra nesses dois jogos. Vamos honrar a camisa do clube. Algo que vale a pena para o torcedor porque respeitamos essa camisa e em nenhum momento desrespeitamos isso.”
Um dos motivos para que o clima se acalmasse é que os diretores de futebol Jomar Rocha e Constantino Junior conversaram novamente com o elenco nesta quinta-feira e, pelas palavras de Julio Cesar, ganharam um voto de confiança pelo histórico junto aos jogadores. A promessa é que eles recebam um dos pagamentos atrasados na próxima semana e o resto o goleiro já mostrou entender que não será algo tão simples.
“Estamos tentando receber mais algumas coisas e também que os funcionários recebam. É um assunto que tivemos que tratar quase o ano inteiro disso. O Jomar, que é um cara que eu respeito muito, e o Tininho, são pessoas que deram a palavra que será dado um cheque para cada jogador para que na próxima semana a gente recebe. Vamos ter que confiar nisso. São pessoas que sempre me trataram com muito respeito e muitas das coisas que me falaram eram verdade. Acredito neles. O resto, infelizmente, como é o cenário do futebol brasileiro em muitos outros lugares, tem que acionar a Justiça e receber depois”, lembrou.