Santa Cruz

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Vitor e Grafite vivem situações parecidas e permanência no Santa Cruz ainda é negociada

Dívidas estão sendo grande entrave nas negociações com atletas

postado em 13/12/2017 14:46 / atualizado em 13/12/2017 15:46

Ricardo Fernandes/DP
Desde que Costantino Júnior foi eleito presidente do Santa Cruz, três nomes do elenco de 2017 são confirmados como do interesse do clube. Jacsson era um deles, mas já foi descartado. Os outros dois são Vitor e Grafite. O clube, porém, tem dívidas antigas com os atletas que dificultam as renovações. 

"Antes da minha chegada, haviam essas negociações. Tive reunião com o representante do Vitor e existe um débito. É isso que está colocando dificuldade. Além disso, ainda temos que adequar o salário do Vitor e, nos próximos dias, deveremos ter alguma resposta”, afirmou Fred Gomes, executivo de futebol do clube. 

A situação de Vitor 

O Superesportes entrou em contato com Vitor, que revelou uma conversa do seu empresário do com o Tricolor. Um primeiro passo nas negociações. Vitor está adaptado ao Recife e não tem desejo de deixar a cidade. Na última partida do atleta em 2017, ele relatou a emoção de conseguir voltar a jogar e revelou seu carinho pelo Santa Cruz apesar dos problemas financeiros. Por esses motivos, a permanência é algo possível, mas dependerá da quitação das dívidas.

Grafite e executivo comentam o caso 

A situação de Grafite é similar a de Vitor. Uma reunião com o vice-presidente Tonico Araújo nesta quinta-feira pode dar o primeiro passo para a continuidade do atleta no Arruda. Grafite afirmou que ainda não houve nenhuma conversa com a direção após a eleição. Assim como o lateral-direito, o que pode travar uma permanência são as dívidas. Quando veio para o Arruda neste ano, o atacante negociou com o presidente Alírio Moraes. A promessa era que ele se encarregaria pessoalmente de pagar a dívida com o atleta.

“Tive uma conversa com o Alirio (quando veio em 2017) e ele se prontificou de acertar os débitos (que existem desde 2015). Ele está saindo agora. Não sei como ficará a situação dele no clube, mas o que foi combinado que seria isso (que ele pagaria independente do clube). Vamos sentar para conversar também. Amanhã (quinta), irei para Florianópolis (para a partida de Zé Roberto) e acho que, na semana que vem, teremos uma definição”, afirmou o atacante. 

Grafite afirmou ainda que recebeu sondagens de dois clubes do Sul e do São Caetano. A proposta do clube paulista seria um contrato de três meses para o Campeonato Estadual, algo que não agradou o camisa 23 do Tricolor. A esperança é jogar seu último ano como profissional perto da família. “Não quero sair do Recife agora. Até por conta da escola das meninas. Já teve a mudança de Curitiba (jogou no Atlético-PR) nesse ano e espero conseguir um contrato bom por aqui”, contou. 

No clube, a permanência de Grafite é tratada como importante para o reerguimento do Santa Cruz. “Grafite a gente não tem o que falar. Quando acertei, foi a primeira pergunta que fiz ao presidente. O Júnior também. Ele falou que se o Grafite quiser abraçar essa reconstrução, o clube está de portas abertas. Em qualquer lugar. Se ele quiser integrar a comissão técnica, ele vai ajudar. Se ele quiser ir para o quadro administrativo, ele vai ter espaço. Vai ser um orgulho contar com o atleta que será exemplo para quem chegar”, elogiou Fred Gomes.