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Em busca de fio de esperança para fugir da queda, Sport recebe o Bahia na Ilha do Retiro

Com vida complicada na Série A, Rubro-negro pode ficar muito próximo da Segunda Divisão caso perca do Tricolor de Aço neste domingo

postado em 18/11/2017 17:00 / atualizado em 18/11/2017 17:03

 Peu Ricardo / DP
Um Sport de moral corroído, comandado por uma direção desnorteada e sem render nada em campo colocou um pé na Série B de 2018. Com apenas uma vitória nos últimos 18 jogos do Brasileiro, o equivalente a quase um turno, o declinante time rubro-negro recebe o Bahia a partir das 16h deste domingo, na Ilha do Retiro. Caso volte a perder, a três rodadas do fim do campeonato, o rebaixamento leonino estará quase sacramentado. Ainda com um fio de esperança na luta contra degola, a equipe não pode mais adiar a sua reação. 

A matemática é dura para o Sport agora. Ao perder do Palmeiras por 5 a 1, no Allianz Parque, o cálculo mais simples impõe que o Leão ganhe todos os três jogos restantes para se salvar da queda. Não só isso. Deve ainda torcer para que Ponte Preta e Vitória, equipes imediatamente acima, não ganhem duas partidas até o fim do Brasileiro. Isso porque, a três pontos de ambos e de sair do Z4, desbancá-las no saldo de gols ficou à beira do impossível após a goleada sofrida em São Paulo.

Diante desse cenário já sombrio, uma derrota para o Bahia nesta tarde tornará a fuga da zona de rebaixamento ainda mais inviável. Se perder do Tricolor de Aço, a tendência é que o Sport precise depender do seu péssimo saldo, hoje de 15 gols negativos (contra -11 e -8 de Vitória e Ponte, respectivamente). Além de vencer e “secar” ambos os rivais, o Rubro-negro, portanto, necessitaria golear nas suas partidas finais, diante do Fluminense e do campeão Corinthians.

Vencer o Bahia mantém acesa a esperança, visto que ainda existe um pequeno atenuante para os rubro-negros na tabela: Ponte e Vitória irão duelar entre si na próxima rodada, em Campinas. Se mesmo assim a matemática ainda é complicada para o time pernambucano, o aspecto psicológico dos jogadores agrava também a busca pela permanência na elite.

Depois da partida contra o Palmeiras, o semblante de muitos atletas já era de desalento. Henriquez, por exemplo, não conteve as lágrimas de tristeza. O clima era de velório. Nenhum atleta concedeu entrevista. Abatidos, os jogadores evitaram a imprensa no gramado do Allianz Parque, na chegada ao aeroporto do Recife no dia seguinte e as coletivas de praxe inexistiram. O interino Daniel Paulista foi o único que deu as caras, mas só após o jogo. Ele garante que o Sport não jogou a toalha. 

“Não vou amolecer. Vou fazer (os jogos) da melhor possível. Restam três jogos e três pontos (para sair do Z4). Está todo mundo muito sentido, mas temos que buscar forças para conquistar os pontos que a gente precisa”, disse.

Time

Depois de promover alterações na escalação para o jogo contra o Palmeiras, Daniel Paulista não disse ainda se fará novas mudanças na equipe. Antes de substituições, falou em minimizar os erros na finalização depois de o Sport perder uma enxurrada de gols no primeiro tempo no Allianz Parque. “Tivemos muitas oportunidades, mas não tivemos capacidade de sair na frente do marcador e fazer um jogo diferente”, frisou.

Adversário

O Tricolor de Aço não chega à Ilha sem objetivos na Série A. Muito pelo contrário. Em alta e sem perder há seis jogos, o Bahia do técnico Paulo Cézar Carpegiani sonha na classificação à Copa Libertadores via Brasileirão. O desfalque do treinador é o volante Renê Júnior, um dos destaques do time. Edson, Matheus Sales, Feijão e Yuri disputam a vaga.

Ficha do jogo

Sport
Magrão; Raul Prata, Henríquez, Durval e Sander; Anselmo, Patrick, Mena, Marquinhos e Diego Souza; André. Técnico: Daniel Paulista.

Bahia
Jean; Eduardo, Tiago, Thiago Martins e Juninho Capixaba; Edson (Matheus Sales, Feijão ou Yuri), Juninho, Zé Rafael e Allione; Edigar Junio e Mendoza. Técnico: Paulo Cézar Carpegiani. 

Estádio: Ilha do Retiro (Recife-PE). Horário: 16h (horário do Recife). Árbitro: Wágner do Nascimento Magalhães (Fifa-RJ). Assistentes: Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha (RJ) e Diogo Carvalho Silva (RJ). Ingressos: Sócios (entrada franca), R$ 10 (arquibancadas frontal e da sede), R$ 40 (cadeiras da ampliação e assentos especiais)e R$ 60 (cadeiras centrais).