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O peso do gol: Carlos Henrique se destaca pela primeira vez no Sport e mira disputa por vaga

Atleta ganhou elogios do treinador por não ter vergonha de chutar e se mostra mais ambientado ao clube; camisa 95 ainda diz que pode evoluir parte física

postado em 22/05/2018 08:30 / atualizado em 22/05/2018 08:48

Peu Ricardo/DP
Eram 13 minutos do segundo tempo quando Carlos Henrique foi acionado na vaga de Everton Felipe. Com o Sport atrás do placar, a missão era clara. Chutar. Finalizar. Levar perigo para a meta do Corinthians, na Arena de Pernambuco. E ele precisou de pouco tempo para isso. Em apenas cinco minutos, recebeu a bola de Rogério dentro da área. Ganhou da marcação no corpo e bateu com a perna direita no canto direito de Walter. Era a hora de comemorar o primeiro gol do centroavante em uma Série A. Era hora de comemorar o primeiro gol pelo Sport. Era hora de comemorar o gol para o filho Enrico, que completa dois anos hoje.

“Estou muito feliz com o gol e com o que apresentei principalmente porque ajudei o Sport em um momento que precisava. Agora é dar sequência no trabalho que sábado tem outra batalha”, disse, em entrevista ao Superesportes e se referindo já ao Palmeiras, próximo adversário no estádio Allianz Parque. Até chegar em São Paulo, no entanto, Carlos Henrique tem mais uma semana de trabalho para ganhar mais espaço no elenco e para dar um novo passo em busca da melhor forma física.

O porte do atleta, por sinal, virou motivo de desconfiança da torcida. Alguns, o vêem acima do peso. De fato, o atacante, desde que chegou ao Leão no último dia 13 de abril, nunca escondeu que ainda está em busca da melhor condição. No Londrina, passou os últimos 30 dias se recuperando de uma lesão músculo adutor da coxa esquerda. Ao pisar no CT do Leão, estava dois quilos acima do desejado, conforme avaliação da diretoria na própria época. “Estou me sentindo bem melhor desde quando cheguei. Com o decorrer do trabalho, nos treinos, já me sinto melhor. Acho que ainda falta alguma coisa para aprimorar. Bem pouco. Nada que impeça de jogar”, declarou. 

Jogar. Isso é que vem acontecendo desde que Carlos Henrique ficou regularizado e é, assim, que ele começou a apagar a desconfiança. Nas quatro partidas que foi relacionado, entrou em campo no decorrer de todas. “Já estou me sentindo melhor. Não estou bem adaptado ainda, 100%, mas estou indo aos poucos, entrando no clima do Nordeste. O clube é bom. Tem toda a estrutura para nos proporcionar um bom trabalho”, contou o jogador, que, agora, também já está em um apartamento no Recife junto com a esposa e o filho.  

Chuta, chuta

A característica de Carlos Henrique é simples e direta. Uso do corpo para proteger a bola e dá poucos toques nela, sempre numa condução em direção ao gol para chutar. “Eu procuro buscar sempre o gol. Sou bastante agressivo. Sempre tento procurar o gol para acontecer mais vezes o que aconteceu”, disse.

Desse jeito mais incisivo, o centroavante também agrada ao técnico Claudinei Oliveira. “A gente aposta muito nele. É um jogador que não foi indicação minha, mas fez uma grande Série B pelo Londrina. É um atleta com um poder de finalização e que me agrada muito nesse sentido. Ele sempre faz a movimentação para fazer o gol. Então, ele tem essa ambição. Talvez, outro jogador não chutasse a bola que ele teve no gol. Ele não tem vergonha de chutar. E é isso que a gente pede a todos independente de ser meia, volante, lateral. Além disso, o Carlos nos dá essa opção de proteger bem a bola no ataque”, declarou o treinador do Sport.

Brenno Costa/DP