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Após ser alfinetado por Magrão, Guto esclarece decisões: 'a gente trabalha com desempenho'

Guto Ferreira contou com o preparador de goleiros do Leão, Júnior Matos, como testemunha de conversas a respeito da presença de Magrão no time

postado em 12/07/2019 16:33 / atualizado em 12/07/2019 16:38

<i>(Foto: Sport/Reprodução)</i>
Após tomar a decisão de quebrar o silêncio e abrir o jogo sobre a sua saída do Sport, o ex-goleio do Leão, Magrão, em entrevista ao Globo Esporte, mostrou-se chateado com o técnico Guto Ferreira por, supostamente, ter prometido a titularidade ao goleiro e não ter cumprido. Para responder ao defensor, o comandante rubro-negro aproveitou a coletiva de imprensa desta sexta-feira e esclareceu a relação que tiveram ao longo destes meses de trabalho. Guto contou com o preparador de goleiros do clube, Júnior Matos, como testemunha de conversas a respeito da presença de Magrão na equipe.

“Antes de tudo, quero deixar bem claro que eu não mudo uma vírgula do que eu disse sobre ele até aqui. O meu respeito pelo cidadão e atleta Alessandro Beti, por todas as suas conquistas dentro do Sport. Entretanto, a gente trabalha em cima de desempenho e procura ser o mais sensato possível. O que estava acontecendo até este momento era a espera de uma oportunidade, já que o Maílson, depois que entrou, acabou sendo um grande destaque. Para um treinador que trabalha em cima de desempenho, por mais ídolo que o Magrão seja, não devo mexer no momento do Maílson. Acho que qualquer tipo de mexida seria desnecessária”, explicou.

Revelando conversas que teve tanto com o técnico quando com o goleiro, Júnior Matos esclareceu: “Assim que o professor chegou aqui, ele teve a preocupação de me procurar para saber como o Magrão estava. Eu passei para ele tudo o que tinha acontecido no ano anterior, falei da lesão, falei que depois de um bom tempo parado, ele voltou a jogar. Cheio de boa vontade, ele sabia que não estava preparado, mas foi no sacrifício, queria ajudar o time. E aí deu errado, ele não jogou bem, houve as falhas. Falei para o Guto que eu iria preparar o Magrão para ele pegar o embalo. O técnico pediu novamente para eu ir atualizando essas informações porque tinha interesse em utilizá-lo ainda esse ano, mas não estipulou data. A partir disso conversei com o goleiro e o incentivei a treinar mais forte para tentar a vaga”.

“Ele se desestimulou sim, o que é natural. Ele dava todo o apoio a Maílson, sempre foi muito amigo de todos os goleiros, mas, naturalmente, ele se desanimou quando viu que estava se distanciando no planejamento. Porém, nunca deixou de trabalhar, sempre ali se esforçando e nunca tivemos problemas de conduta com relação a ele”, acrescentou Júnior.

Lamentando a decisão de Magrão

Guto Ferreira foi claro ao defender a importância de Magrão no clube, para além de suas habilidades técnicas e lamentou a sua saída. “Eu entendo o momento dele, é um momento de dificuldade. Têm momentos de decisão da nossa vida que pesam. Lamentamos, gostaríamos de estar contando com ele, porque a sua contribuição ultrapassa as quatro linhas, mas, infelizmente, cada um toma as suas decisões. Respeitamos a escolha do Magrão e seguimos forte trabalhando pelo melhor do Sport”, declarou. “Posso dizer, de sã consciência, que dei o tratamento mais honesto possível e de respeito máximo por ele e por todo o grupo”, completou.

“Cada um vive o seu momento e sente como está o seu momento. A nossa função é procurar conduzir bem o trabalho. Magrão tinha muita importância dentro do grupo. Titularidade é momento. Se chegasse novamente o momento do Magrão, dentro das quatro linhas, ele poderia assumir o lugar do Maílson”, disse o treinador. “Tomar decisões não é fácil. Todos os dias eu faço isso. Se eu tivesse tomado uma decisão lá atrás que não fosse essa e que tivesse dado errado, poderia estar sendo injusto. Mas da maneira que conduzimos até aqui, os resultados mostram, que tentamos ser o mais sensatos possível”, concluiu.