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Mascotes representam gotas de aço |
Duas gotas de aço das fundições da cidade de Bolton, na Inglaterra, surpreendem os espectadores da Olimpíada e Paraolimpíada de Londres. Wenlock e Mandeville, os novos mascotes, vêm acompanhados de bastante inovação e interatividade. Este ano, nada de bichinho de pelúcia e animais mimosos. Desta vez, com site oficial, páginas nas redes sociais, jogos e muitas aventuras, os mascotes conseguem de forma criativa envolver ainda mais as crianças e adolescentes nos valores olímpicos e paralímpicos.
Wenlock e Mandeville, criados pela Iris, agência de publicidade em Londres, contam ainda com histórias infantis, em animação, criadas pelo dramaturgo Michael Morpurgo, vencedor do Children’ Laureat, importante prêmio da literatura infantil no Reino Unido. Os filmes, produzidos por Barnaby Spurrier, estão disponíveis para os internautas no site oficial dos mascotes olímpicos e atualmente estão em sua quarta edição.
Para cada traço, uma explicação. Os mascotes possuem semelhanças e detalhes que logo podem ser entendidos. Seu único olho representa uma lente de câmera fotográfica para captar todos os lances dos Jogos. O emblema oficial das Olimpíadas de Londres 2012 também está presente nas gotas polidas de aço que refletem a personalidade e a aparência das pessoas que o conhecem. Em suas cabeças, os famosos sinais dos táxis londrinos, acompanhados da primeira letra dos seus nomes.
Wenlock é uma homenagem à cidade de Much Wenlock, em Shropshire, onde desde 1850 mantém a tradição dos jogos olímpicos entre os habitantes do município - o evento foi precursor da primeira edição da Olimpíada, em Atenas, em 1896. Na cabeça, uma referência aos três lugares do pódio. Nos braços, cinco braceletes representam os anéis olímpicos com suas cores originais – Azul: a Oceania, banhada por mares, com uma imensa biodiversidade marinha; Amarelo: Continente da Ásia, o povo de pele amarela, os asiáticos de olhos arredondados; Preto: Continente da África, do povo de pele negra; Verde: Continente Europeu, que prosperou através de suas florestas; Vermelho: Continente da América, dos índios, o povo de pele vermelha.
Já Mandeville, mascote da paraolimpíada, homenageia a cidade britânica de Stoke Mandeville, onde possui um hospital local que fez nascer os movimentos paraolímpicos através do trabalho do médico Ludwing Guttmann em 1940. Ele usava o esporte como terapia e criou o World Wheelchair And Amputee Games, com atletas amputados e cadeirantes, após a II Guerra Mundial, no ano de 1948. O hospital Stoke Mandeville mantém eventos semelhantes até os dias de hoje. Com a cabeça, cauda e mãos produzidos em formato aerodinâmico, o mascote representa a fluidez do espírito em movimento.