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Seleção Pernambucana mira boa colocação no Campeonato Brasileiro de Boliche em equipes

Torneiro, que será realizado no Rio de Janeiro, começa nesta quinta-feira e vai até o domingo; em 2017, Pernambuco conseguiu a terceira colocação geral

postado em 15/11/2018 10:30 / atualizado em 14/11/2018 23:30

Peu Ricardo/DP
Um esporte com milhões de praticantes no mundo e conhecido como o mais democrático de todos, por possibilitar que pessoas de todas as faixas etárias e gêneros possam jogar. O boliche é muito mais do que arremessar uma bola e derrubar os dez pinos para se fazer um strike. Além da diversão, as competições profissionais exigem diferentes táticas e opções para se competir em alto nível. No Brasil, diversos torneios acontecem ao longo do ano, organizados pela Confederação Brasileira de Boliche (CBBOL), preenchendo o calendário e fomentando o desenvolvimento do esporte no país.  O mais importante deles começa nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, e vai até o domingo. É a 38ª edição do Campeonato Brasileiro de Seleções, que dá direito ao programa federal ‘Bolsa Atleta’ para os três primeiros colocados.

O torneio conta com quatro dias de disputas, divididos em confrontos individuais, de duplas, tercetos e de equipes. Desta forma, a pontuação vai sendo acumulada para a seleção de cada estado e ela é somada para se obter o ranking final. O campeonato possui duas divisões e nove federações participam no masculino. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia e Pernambuco. No feminino, apenas os cinco primeiros estados terão suas representantes no torneio. As partidas das equipes masculinas, nos quatro dias de torneio, começarão às 8h e irão até às 13h. Das femininas, 14h às 19h. 

O conjunto pernambucano será representado por seus 12 melhores atletas ranqueados na Federação Pernambucana de Boliche (FPEBOL), divididos em nas seleções ‘A’ e ‘B’, cada uma com seis atletas. Seleção A: representada por Alde Salgado Neto, Niltinho Farias, Ivan Oliveira, Ivan Oliveira Neto, Fábio Menezes e Alcindo Marsaro. Seleção B: Nelson Tachibana, Júlio Neto, Tom Santos, Masatoshi Kumamoto, Eduardo Fernandes e Rafael Lins. Na última edição do Campeonato Brasileiro de Equipes, o estado conseguiu o 3º lugar e pretende repetir o feito nesta edição.

“Estamos com grande expectativa de ter um retorno de resultado muito positivo. Os atletas estão bem preparados, estamos nos preparando para isso. Sabemos que o nível de um torneio desse é muito alto. Estamos nos saindo muito bem e a nossa meta é buscar o terceiro e quarto colocado no geral. O primeiro com certeza seria primordial para a gente, mas sabemos que ainda falta um pouco para chegarmos ao nível de primeiro e, quem sabe, até segundo colocado. Têm outras seleções que temos que tirar o chapéu, que tem jogadores muito bem qualificados. Mas nosso nível de atletas está muito bom”, conta o presidente da FPEBOL e atleta da Seleção A de Pernambuco, Ivan Oliveira.

Cenário local

A Federação Pernambucana de Boliche conta com aproximadamente 45 associados. Número considerado bom pelo seu mandatário, mas que vê espaço para um crescimento maior. O esporte em Pernambuco não recebe aporte financeiro de patrocínios ou governo. Tudo é bancado pelo próprio atleta. Desde o seu material até suas viagens para a disputa de torneios. Os tênis especiais usados especialmente para o boliche, custa em média, de 500 a 600 reais. As bolas recém lançadas no mercado, em torno de R$ 1300.  

O estado viveu um hiato sem pistas de boliche, de 2005 a 2012. Quando a nova foi inaugurada, no Game Station do Shopping RioMar, os antigos praticantes se reuniram para reativar a Federação e retomar os treinos. O único apoio que possuem é o desconto para utilizar as pistas nos seus treinamentos nas segundas e quintas-feiras, e a passagem de um óleo especial na pista, para simular as condições que encontrarão em cada torneio.  “Hoje não temos nenhum suporte externo, a não ser esse do Game Station. Quem joga o boliche hoje e representa o estado, é todo patrocinado pelo atleta. Nós colocamos o Sport e o Santa Cruz junto à Federação e Confederação, mas o suporte que eles dão para a gente é só o padrão. Muitas coisas são o próprio atleta que ajuda” contou Ivan Oliveira.

Táticas

O boliche conta com especificidades que podem ser cruciais para garantir a vitória em um torneio. As bolas diferenciam-se uma da outra em questão de aderência, possibilidade de fazer curva, e o uso de cada uma também varia de acordo com o tipo de óleo mineral que é usado na pista. Como ela possui 60 pés (aproximadamente 18,28m), há uma faixa que receberá uma camada do líquido. Nele é onde a bola desliza para realizar sua trajetória, e na parte seca pega o efeito que o jogador colocou. Tudo isso varia também de acordo com a região em que a bola foi arremessada, giro que ela dá, ângulo e força do arremesso.

“Vamos cada um levar 4 bolas para o torneio, sendo registradas no nome de cada atleta e só pode usar as suas bolas registradas. Caso contrário, o atleta pode ser punido por utilizar a de algum companheiro. Entre os diferentes tipos, temos bola para muito óleo, pouco óleo, óleo curto, óleo longo. Existe uma variação”, explicou o presidente da FPEBOL.