Com sete equipes na disputa, o Campeonato Pernambucano feminino deste ano estava previsto para ser iniciado neste mês. Porém, a pandemia causada pelo novo coronavírus impossibilitou a estreia das jogadoras de Central, Ferroviário do Cabo, Íbis, Ipojuca, Náutico e Sport até o momento. De acordo com o diretor da categoria, Elias Coelho, caso uma melhora seja identificada no cenário, a competição deverá ser iniciada no mês de julho.
O diretor aproveitou para reforçar que, graças a uma ajuda dada pela CBF às duas equipes do estado que também disputam o Brasileiro, a única “preocupação” financeira será com o deslocamento da arbitragem nos jogos. “Sport e Náutico receberam, cada, uma ajuda de R$ 50 mil. Com isso, já começamos melhor que nos outros anos. Acredito que vamos iniciar o estadual no segundo semestre, em julho. A única coisa que o futebol feminino vai ter que custear será a ajuda de custo ao árbitro, que no caso é o deslocamento dele”, disse.
Com otimismo, Elias exaltou que a única dificuldade no retorno às atividades será em termos de datas, por conta do calendário que deverá ser ainda mais apertado após a pandemia, sobretudo para os times que disputam a competição estadual e a nacional de forma simultânea. “A única dificuldade que teremos será de tabela. Com o espaço dos jogos, já que vamos ter Sport e Náutico jogando a Série A2 e o Pernambucano”, comentou.
“Não tenho o quê reclamar, só o tempo de calendário, mas Náutico e Sport estão cientes. Se tudo andar normalmente, devemos estar voltando em julho”, projetou Elias.
BRASILEIRO
Sport e Náutico são as únicas representantes de Pernambuco no Brasileiro. Ambas no grupo C da A2. Até agora, rubro-negras e alvirrubras disputaram apenas a primeira rodada da competição (que em tempos normais estaria na quinta).
A ajuda financeira às atletas de Sport e Náutico se estende também de forma indireta, com economia em taxas e transferências. “Foi definido que as equipes não pagarão taxa de inscrição e as transferências serão sem custo para os clubes. Tudo isso será pago pela CBF. E a taxa de arbitragem, já era sem custo antes”, disse Elias.
O representante da FPF fez questão ainda de explicar como funciona o suporte que as atletas recebem durante os jogos de nível nacional. “Em jogos de ida pelo Brasileiro, por exemplo, a CBF é quem paga tudo. São 25 passagens, 25 estadias e mais R$ 10 mil. Quando jogam em Pernambuco, recebem R$ 10 mil para despesas, como arbitragem e ambulância, por exemplo”, exemplificou.
Em Paulista, no dia 15 de março, o Leão perdeu por 3 a 2 para o Cruzeiro. Já o Timbu, no mesmo dia, perdeu por 3 a 1 nos Aflitos, para as paraibanas do Auto Esporte. Sem nenhuma previsão para retorno da competição ou maiores informações, o diretor da FPP comentou que a única coisa a ser feita é aguardar. “Tínhamos a Série A2 com Náutico e Sport jogando a primeira rodada. Agora é esperar como vai ficar o futebol para saber quando retorna”, disse Elias.