As estatísticas fazem, cada vez mais, parte do futebol. Quando se joga num alto nível como a Série A, um trabalho fora de campo nesse aspecto é imprescindível. O Náutico foi atrás e, na cola dos grandes clubes da Primeira Divisão, está trabalhando com o monitoramento dos jogadores por GPS durante os jogos e treinamentos. Com o aparelho, é possível mapear dados como a velocidade e quantidade de corridas dos atletas e a distância percorrida por eles nas partidas.
A inovação foi colocada em prática pela primeira vez na partida contra o Botafogo e repetida no confronto com o Grêmio, no último domingo. Os dados coletados nesses dois jogos já estão sendo usados pela comissão técnica para traçar um perfil do elenco e, baseado nele, até auxiliar o técnico Alexandre Gallo na escalação do time. "Gallo montou uma equipe que tem como característica principal a força e a velocidade. Esses dados são muito interessantes para a comissão, porque dizem respeito, justamente, a esse perfil", explicou o fisiologista Cléber Queiroga.
Com o GPS é possível saber, por exemplo, se os jogadores estão mantendo, aumentando ou perdendo desempenho do primeiro para o segundo tempo dos jogos. Contra o Grêmio, Auremir e Rhayner teve uma melhora de rendimento na etapa final. "Isso é importante para medir, durante a competição, o rendimento dos atletas. Comparar os que estão saindo de lesão com os que estão jogando há mais tempo, por exemplo", ressaltou Queiroga. "A análise pós-jogo é muito importante no futebol hoje em dia. O Náutico está inserido nessa tendência".
COMO FUNCIONA Cada jogador carrega num bolso do calção um pequeno aparelho de GPS (Global Positioning System), que mapeia os deslocamentos e as velocidades das corridas dele durante a partida. A leitura é feita após as partidas pelo departamento de fisiologia. Os dados das partidas são cruzados, auxiliando no trabalho do treinador.
