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Líderes do Náutico tentam passar experiência ao elenco para reta decisiva da Série B

Eller, Júlio César e Ronaldo Alves são os responsáveis por tranquilizar a equipe

postado em 06/11/2015 08:15 / atualizado em 06/11/2015 08:17

Rafael Brasileiro /Diario de Pernambuco

Paulo Paiva/DP/D.A Press
Uma virtude deste time do Náutico é saber superar as adversidades. Desacreditado em várias ocasiões, o Timbu conseguiu surpreender quando necessário. Mostrou que sabe se reerguer após as quedas que teve na temporada, principalmente durante a Série B. Características de um time calejado. Cascudo, como se diz na gíria do futebol. Um dos motivos é a experiência que a equipe carrega. A baixa média de idade (25,12 anos) do elenco pode até enganar, mas com um trio que já viveu de tudo um pouco no futebol, o Timbu tem a sustentação necessária para conseguir o acesso.

Com Júlio César, Fabiano Eller e Ronaldo Alves no comando da equipe dentro de campo, os demais jogadores sinalizam mais tranquilidade dentro de campo. Sabem que a defesa está em boas mãos e a presença dos defensores já intimida os adversários. Por outro lado, a função deles não é apenas nos jogos. A influência já começa nos treinos.

Gritos de “Boa, Hiltinho!”, “Vamos lá!” ou “É isso aí” são sempre ouvidos durante as movimentações e geralmente saem da boca de Eller ou de Júlio César. Ronaldo Alves é mais reservado, mas se sabe que quando ele fala, principalmente sobre o que já viveu no Náutico, o restante do elenco ouve com atenção. Com apenas cinco jogos para o fim da Série B, sabe se comportar em momentos de pressão é mais do que necessário e o trio defensivo é quem tenta deixar a equipe tranquila e focada no objetivo.

“A gente procura passar tranquilidade. Não ficar muito ansioso. Todo jogo decisivo você tem um frio na barriga e isso é normal para o atleta. Pedirmos para te concentração e foco no objetivo”, comentou o zagueiro Ronaldo Alves. 

Falta de líderes do meio para frente
Apesar de três líderes deste calibre, todos estão concentrados na defesa. Algo que pode ser prejudicial ao time. Devido às lesões e rotatividade nas peças ofensivas, o Náutico não teve como firmar uma referência nestes setores, muito menos tinha um jogador com tanta experiência para assumir a responsabilidade. Mesmo assim, quem está lá na frente tenta absorver o máximo do que os líderes têm a dizer. “Fabiano, Júlio, Ronaldo são nossos líderes e têm passado isso para gente. Tem mostrado que gostam desse momento de decisão. Minha carreira é muito curta e temos que aproveitar essa oportunidade de acesso nessa reta final”, comentou Daniel Morais

O líder do banco
Rodolpho jogou apenas uma partida em 2015 pelo Náutico. Chegou ao clube para fazer tratamento, terminou sendo contratado e tem se revezado com Jefferson na reserva imediata de Júlio César. Mesmo sem jogar, o único atleta do elenco que esteve na Batalha dos Aflitos, procura passar tranquilidade aos mais jovens. “A gente procura passar as experiências que vivemos no futebol. Acho que uma palavra, um gesto dos jogadores mais experientes é importante. Não estou jogando, mas procuro passar isso para os mais jovens.”