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Por quitação milionária de dívida com Martinez, garagem do remo será alvo de novo leilão

Ação trabalhista contra o Náutico está avaliada em mais de R$ 3 milhões e mesmo com arremate de imóvel, clube pode ter que pagar diferença

postado em 10/08/2020 17:17

(Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press)
Após conseguir a suspensão do leilão da garagem do remo do Náutico na causa movida pelo técnico Givanildo Oliveira, o Departamento Jurídico do Timbu terá, mais uma vez, que se mobilizar para manter a posse do bem em mãos alvirrubras. Dessa vez, o imóvel voltará às praças de leilão de modo a prover o pagamento de processo impetrado pelo ex-jogador Martinez, volante que atuou pelo clube pernambucano entre 2012 e 2013. 

Terceira maior causa trabalhista movida contra o Náutico, avaliadas em R$ 3,3 milhões (mais exatamente R$ 3.332.631,90), a ação de Martinez, que foi iniciada em 2014, é superada em valores apenas pelos processos de Auremir (R$ 3,5 milhões) e Jean Rolt (R$ 3,4 milhões). Vale lembrar que no mês passado, em entrevista ao Diario, o vice-presidente jurídico alvirrubro, Bruno Becker, avaliou que o Timbu era réu de mais de 400 ações que somariam um débito de R$ 50 milhões. 

Procurado novamente pela reportagem, Becker apontou que o clube já foi notificado e que a partir de agora irá adotar o procedimento padrão no tocante às ações que empenham posses do clube, atuando na tentativa de suspender o leilão e, em paralelo, buscando um acordo, algo que classificou como pouco provável. 

“O que podemos fazer agora é trabalhar nas duas frentes que o Departamento Jurídico do Náutico sempre atua em todo e qualquer leilão. Tentaremos achar algum vício processual para suspender o arremate e, em paralelo, tentar fazer um acordo, que nesse caso é muito difícil de se conseguir devido ao valor do processo que se encontra na ordem de R$ 3,3 milhões”, explicou. 

Este procedimento, entretanto, já corre em processo de contagem regressiva, uma vez que a intimação entregue ao Náutico pela 5ª Vara da Justiça do Trabalho do Recife já estipulou as datas do leilão para o dia 7 de outubro (primeira praça) e 9 de novembro (segunda praça). 

Caso o prédio da garagem do remo, localizada na Rua da Aurora, seja arrematado pelo seu valor integral, atualmente avaliado em R$ 3.288.000, o clube ainda não cobrirá integralmente o débito diante do meio-campista, ficando um saldo devedor de pouco mais de R$ 44 mil.