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Charles do Bronx brilha no UFC Brasília

Brasileiro vence pela 14ª vez por finalização; Gilbert Durinho rouba a cena e supera Demian Maia no Ginásio Nilson Nelson

postado em 14/03/2020 21:41 / atualizado em 14/03/2020 23:17

(Foto: Ed Alves/CB/DA. Press)
No primeiro UFC sem público da história da organização ocorreu justamente em Brasília, neste sábado, em cumprimento ao decreto do GDF que proibiu eventos com mais de 100 pessoas em função da pandemia do novo coronavírus. Sem a emoção extra dada pela energia dos torcedores, a adrenalina no Ginásio Nilson Nelson ficou por conta do nocaute de Gilbert Durinho com um cruzado de esquerda sobre Demian Maia e da finalização do brasileiro Charles do Bronx sobre o norte-americano Kevin Lee.


Mesmo sem que Kevin Lee tenha batido o peso, o brasileiro Charles do Bronx aceitou lutar contra o americano. Em uma luta dura, ele levou vantagem na maior parte da luta e conquistou a 14ª finalização dele no UFC aos 28 segundos do terceiro round. Com a tradicional guilhotina do lutador, Charles amplia a diferença como maior recordista de finalizações da organização.

 

Na luta anterior, o duelo do peso-meio-médio (até 77kg) foi entre dois cariocas faixas-pretas de respeito do UFC. Demian Maia imprimiu o que sabe fazer de melhor logo no início da luta. Mas Gilbert Durinho conseguiu se desvencilhar do jiu-jítsu do adversário e, na sequência, encaixou um cruzado de esquerda tão forte que levou o veterano de 42 anos ao chão, nocauteado em 2m34s de assalto.

 

"Para você virar uma lenda, você precisa vencer lendas. O Demian é uma lenda e eu sabia que poderia nocautear ou finalizar ele", disse Durinho, após a luta. "Fiquei muito emocionado. Eu ouvi a cabeça dele batendo forte no chão, achei que o juiz deveria ter parado. Ele não parou e eu tive de fazer meu trabalho. Por todo o carinho, admiração e respeito que tenho pelo Demian, me senti mal de ter que fazer aquilo no final", completou.

 

"Para você virar uma lenda, você precisa vencer lendas. O Demian é uma lenda e eu sabia que poderia nocautear ou finalizar ele"

Gilbert Durinho

 

Sem torcida, os brasileiros começaram mal o UFC Brasília na tarde deste sábado. Dos sete anfitriões que disputaram o card preliminar, apenas dois venceram. Elizeu Capoeira conquistou a primeira vitória para o Brasil, quando o evento já estava no quinto combate do dia. O catarinense sofreu, mas ganhou do russo Alexey Kunchenko por decisão unânime (triplo 29-28) no peso-médio. Na sequência, Amanda Ribas atropelou a norte-americana Randa Markos no peso-palha.

 

Ex-campeã mundial de MMA amador, a mineira ignorou a experiência da adversária e protagonizou a melhor luta do card inicial do evento. Foi bem na trocação, encaixou chutes rodados na altura da cintura e cotoveladas que fizeram Randa sangrar. Quase finalizou em duas oportunidades diferentes, mas a americana se recusou a bater em desistência. A terceira vitória no UFC saiu por decisão unânime (30-26, 30-25, 30-25).

 

"Consegui mostrar que não sou uma atleta só de judô ou só de jiu-jitsu ou só de muay thai. Eu sou uma atleta de MMA. Lutei em pé, no chão. Claro que eu queria o nocaute ou a finalização, mas a vitória veio", avaliou Amanda. Confiante, a atleta de 26 anos pediu para lutar com a Paige VanZant. "A gente estava programada e eu ainda quero enfrentá-la. Se ela quiser lutar no peso-mosca, estou aqui, esperando. Mas sou ambiciosa. Também toparia lutar com a vencedora da luta entre a Carla Esparza e a Michelle Waterson”, avisou.