Mesmo sem que Kevin Lee tenha batido o peso, o brasileiro Charles do Bronx aceitou lutar contra o americano. Em uma luta dura, ele levou vantagem na maior parte da luta e conquistou a 14ª finalização dele no UFC aos 28 segundos do terceiro round. Com a tradicional guilhotina do lutador, Charles amplia a diferença como maior recordista de finalizações da organização.
Na luta anterior, o duelo do peso-meio-médio (até 77kg) foi entre dois cariocas faixas-pretas de respeito do UFC. Demian Maia imprimiu o que sabe fazer de melhor logo no início da luta. Mas Gilbert Durinho conseguiu se desvencilhar do jiu-jítsu do adversário e, na sequência, encaixou um cruzado de esquerda tão forte que levou o veterano de 42 anos ao chão, nocauteado em 2m34s de assalto.
"Para você virar uma lenda, você precisa vencer lendas. O Demian é uma lenda e eu sabia que poderia nocautear ou finalizar ele", disse Durinho, após a luta. "Fiquei muito emocionado. Eu ouvi a cabeça dele batendo forte no chão, achei que o juiz deveria ter parado. Ele não parou e eu tive de fazer meu trabalho. Por todo o carinho, admiração e respeito que tenho pelo Demian, me senti mal de ter que fazer aquilo no final", completou.
"Para você virar uma lenda, você precisa vencer lendas. O Demian é uma lenda e eu sabia que poderia nocautear ou finalizar ele"
Gilbert Durinho
Sem torcida, os brasileiros começaram mal o UFC Brasília na tarde deste sábado. Dos sete anfitriões que disputaram o card preliminar, apenas dois venceram. Elizeu Capoeira conquistou a primeira vitória para o Brasil, quando o evento já estava no quinto combate do dia. O catarinense sofreu, mas ganhou do russo Alexey Kunchenko por decisão unânime (triplo 29-28) no peso-médio. Na sequência, Amanda Ribas atropelou a norte-americana Randa Markos no peso-palha.
Ex-campeã mundial de MMA amador, a mineira ignorou a experiência da adversária e protagonizou a melhor luta do card inicial do evento. Foi bem na trocação, encaixou chutes rodados na altura da cintura e cotoveladas que fizeram Randa sangrar. Quase finalizou em duas oportunidades diferentes, mas a americana se recusou a bater em desistência. A terceira vitória no UFC saiu por decisão unânime (30-26, 30-25, 30-25).
"Consegui mostrar que não sou uma atleta só de judô ou só de jiu-jitsu ou só de muay thai. Eu sou uma atleta de MMA. Lutei em pé, no chão. Claro que eu queria o nocaute ou a finalização, mas a vitória veio", avaliou Amanda. Confiante, a atleta de 26 anos pediu para lutar com a Paige VanZant. "A gente estava programada e eu ainda quero enfrentá-la. Se ela quiser lutar no peso-mosca, estou aqui, esperando. Mas sou ambiciosa. Também toparia lutar com a vencedora da luta entre a Carla Esparza e a Michelle Waterson”, avisou.