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Atleta de Brasília, Clodoaldo Gomes da Silva se despede da São Silvestre

Em 2015, um dos melhores fundistas da história da cidade dará adeus às provas de longa distância

postado em 31/12/2014 09:06

Alexandre Gondim/DP/D.A Press - 1º/9/09


A participação em corridas de longa distância tem meses contados no calendário de Clodoaldo Gomes da Silva, um dos melhores fundistas da história do atletismo do Distrito Federal. O desgaste físico, resultado de quase três décadas de dedicação às provas, levou o brasiliense, campeão mundial juvenil em 1994, a planejar a aposentadoria aos 38 anos. Hoje, ele dará um dos passos rumos à despedida: vai disputar pela última vez a Corrida Internacional de São Silvestre, da qual foi vice-campeão em 2006.

“Já não consigo mais acompanhar os garotos, mas ainda posso competir em alto nível”, explica Clodoaldo. Apesar da proximidade do adeus e da grande concorrência, o corredor não quer ser apenas mais um na multidão que tomará as vias da capital paulista a partir das 9h. Ele sonha alto: “Vou brigar pelo pódio, essa é a expectativa, para ter um encerramento coroado”, afirmou.

Formado em educação física desde 1999, o ceilandense Clodoaldo não pretende abandonar o atletismo após a aposentadoria, ao fim de 2015. “Eu quero continuar trabalhando como personal trainer. Assim, eu mantenho a forma e, na medida do possível, disputo provas em Brasília”, previu o atleta, que prepara competidores para maratonas nos parques de Águas Claras e Taguaparque.

Enquanto Clodoaldo inicia o adeus, outro brasiliense nem vai ter o gostinho de estar na corrida. Tricampeão da São Silvestre (2003, 2005 e 2010), Marílson Gomes dos Santos acompanhará a 90ª edição da prova pela televisão. O fundista não participará do evento pois mudou a sua programação para disputar a maratona dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.

Aos 37 anos, ele diminuiu o ritmo de competições e treinos na temporada de 2014, pois uma possível lesão colocaria em risco sua tentativa de classificação às Olimpíadas. “Tenho uma história muito grande com a São Silvestre, mas não podia sacrificar o ano que vem, que será muito importante para mim”, contou, em entrevista ao site da prova paulista. “Eu vinha de alguns anos treinando e competindo muito, sempre constante, e estava precisando de um descanso para tentar essas marcas para as Olimpíadas, o Pan e o Mundial.”

Saiba mais
Domínio africano

Nos últimos 10 anos, a prova masculina da São Silvestre foi vencida seis vezes por quenianos — Robert Cheruiyot, James Kwambai e Edwin Kipsang (duas vezes cada) — e uma pelo etíope Tariku Bekele.