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KUNG FU

Brasília recebe Campeonato Mundial Júnior de Kung Fu

42 países, representados por 650 atletas, de seis a 17 anos, estão presentes no evento, que ocorre até o próximo domingo

postado em 13/07/2018 10:47

Arquivo pessoal
A sétima edição do Campeonato Mundial Júnior de Kung Fu, iniciado na quarta-feira, ocorre em Brasília até o próximo domingo (15/7), no Ginásio Nilson Nelson. É a primeira vez que o evento se realiza no país e na América do Sul. Pela manhã, as competições começam às 9h. Após o intervalo para o almoço, as disputas reiniciam às 15h. A entrada é gratuita e há diversas pratas da casa precisando de uma força da torcida candanga.

Estão no torneio 42 países, representados por 650 atletas, de seis a 17 anos. Na delegação brasileira, quatro competidores são da Capital Federal. Évertton Reis e Júlia Santana Dias, 11 anos, ambos de Brazlândia, Fernando Elmiro, 15 anos, e Ellen Cecília dos Santos, 17 anos. A mais velha do grupo participa pela terceira e última vez do Mundial Júnior.

Para Ellen, o campeonato mal começou, mas já está marcante. “Meus pais vão poder me ver, minha família vai estar aqui e eu espero fazer o meu melhor. Quero fechar esse ciclo com chave de ouro”, disse a atleta brasiliense.

Entre os mais jovens destaques do torneio, está o porto-alegrense Arthur Mallet Baptista, de nove anos. O garoto começou a praticar o esporte aos quatro anos, é pentacampeão gaúcho (2013-2017), tricampeão brasileiro (2015-2017) e campeão sul-americano de 2017. A família sempre o acompanha nas competições. “Nossas férias funcionam em função dos torneios dele. Agendamos o período de recesso no trabalho para acompanhá-lo nesse momento”, explicou Luís Antônio, pai do atleta.

Organização

A brasiliense Paula Amidani, multicampeã mundial de kung fu (wushu), é a atleta que mais representou o Brasil na modalidade. Competiu e conquistou medalhas de 1995 a 2015. Ela foi uma das responsáveis por organizar a competição em Brasília. “Foram dois anos de trabalho. Nós mandamos um projeto para a IWUF (International Wushu Federation) e fizemos parte da candidatura. Aceitaram que fosse feito no Brasil. São dois anos correndo atrás de tudo para fazer com a maior perfeição possível”, comentou a ex-atleta, que trabalhou em parceria com Marcos Vinícius Alves, presidente da Confederação Brasileira de Wushu, Daniel Dionísio Madeira, presidente da Federação de Wushu do Distrito Federal, além da Secretaria de Esporte do DF e a IWUF.

Projeto social motiva crianças

O ginásio estava bem vazio no primeiro dia de competições. Apenas as delegações de cada país e cerca de 20 torcedores ocupavam as arquibancadas. A presença do público foi reforçada com a chegada de 50 crianças de um projeto social. O objetivo é incentivá-las à prática esportiva, além de trabalhar a disciplina e favorecer a construção de ideais. “Dá para ver o brilho nos olhinhos delas. Só de ouvir a introdução em chinês, já ficam animadas e interessadas por outra língua”, comentou o educador Wesley Pereira, das Obras Sociais São Sebastião de Brazlândia.

*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fernando Brito