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Justiça do DF condena palmeirenses envolvidos em briga de 2016

Torcedores foram acusados de espancar flamenguistas em duelo pelo Campeonato Brasileiro

postado em 21/09/2018 17:52 / atualizado em 21/09/2018 19:24

PMDF/Divulgacao
Quem foi ao jogo entre Flamengo e Palmeiras, em junho de 2016, no Mané Garrincha, presenciou cenas lamentáveis de violência entre as torcidas organizadas das duas equipes. Mais de dois anos depois, a Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Brasília conseguiu a condenação de dois palmeirenses envolvidos no episódio. Lucas Alves Lezo e Gabriel Augusto Silva cumprirão pena por tentativa de homicídio e lesão corporal gravíssima, respectivamente, ao flamenguista Evandro Gatto, de 48 anos.
 
Lucas foi condenado a 20 anos de reclusão, enquanto Gabriel foi punido com 7 anos e 6 meses. O julgamento durou 27 horas e terminou na quinta-feira (20/9). Os jurados aceitaram os argumentos da promotoria: motivo fútil (rivalidade entre torcidas de futebol) e uso de  recurso que dificultou a defesa da vítima (ataque quando a vítima já estava caída).
 
A partida foi em 5 de junho de 2016, pelo Campeonato Brasileiro. Ainda durante o primeiro tempo, integrantes da Mancha Verde entraram em confronto com membros da Raça Rubro-Negra. A vítima dos dois condenados passou mais de um ano em coma e demonstra sequelas permanentes, que o impedem de andar e falar.
 
Por causa do episódio, 21 pessoas foram levadas para a delegacia. A briga dentro do estádio começou quando a torcida do Palmeiras deixou o local reservado na arquibancada e saiu correndo rumo ao local reservado aos torcedores do Flamengo. 

No campo, o Palmeiras levou a melhor por 2 x 1, gols de Gabriel Jesus e Jean, enquanto Alan Patrick descontou para os cariocas. No fim do torneio, o Verdão acabou campeão, enquanto o rubro-negro terminou na 3ª posição.
 
Em julho de 2017, o Supremo Tribunal Federal negou habeas corpus ao torcedores. Lucas Lezo também foi flagrado com porte ilegal de armas, além de responder a outro processo por homicídio qualificado, quando se envolveu na morte de um torcedor do Corinthians.